Desenrola Brasil renegocia mais de R$ 2,5 bilhões em dívidas e limpa nome de 3,5 milhões de brasileiros

Segundo a organização, foram renegociados mais de 400 mil contratos de dívidas nas duas primeiras semanas do programa; valor das renegociações representa quatro vezes mais do que o registrado na primeira semana

CARLOS MAGNO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais de R$ 2,5 bilhões em volume financeiro de dívidas foram renegociados nas duas primeiras semanas do programa Desenrola Brasil, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em balanço preliminar divulgado nesta segunda-feira, 31, a instituição afirma a quantia representa quatro vezes mais do que o registrado na primeira semana. Os dados mostram que cerca de 3,5 milhões de brasileiros tiveram cadastros desnegativados por instituições financeiras e foram renegociados mais de 400 mil contratos de dívidas. O balanço não leva em conta baixas de registros de outros credores não bancários.“Consideramos que o Programa cumpre o papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas. Os bancos estão dando sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem seu endividamento”, avaliou o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Neste primeiro momento, o foco das renegociações é na faixa 2, focada em pessoas físicas com dívidas financeiras negativadas até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$20 mil. Os brasileiros endividados poderão aderir, até o dia 31 de dezembro, ao programa idealizado pelo governo federal, com o apoio da Febraban. Posteriormente, serão incluídas devedores pessoas físicas com renda bruta mensal de até 2 (dois) salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O Programa Desenrola Brasil tem como principal objetivo reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia, oferecendo melhores condições de renegociação das dívidas, com recursos exclusivos oferecidos por cada banco. “As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la”, diz a nota da entidade. (JP)

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