“Deus está falando ao mundo em meio ao coronavírus”, diz Max Lucado

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“Deus está falando ao mundo em meio ao coronavírus”. É dessa forma que o pastor e renomado escritor Max Lucado enxerga a situação de pandemia que o mundo atravessa, com milhares de mortos ao redor do globo.

Na percepção de Lucado, “nunca vivemos um tempo como este”, e mesmo assim essa situação já havia sido antecipada pelas Escrituras: “Isso é sem precedentes. No entanto, a Bíblia nos diz que os tempos foram bizarros antes. Você abre sua Bíblia e lê sobre pestilência, medos, tempos sombrios. A Bíblia está escrita para tempos como este”, afirmou.

“Acho que é um momento em que precisamos alimentar nossa fé. Se você alimentar sua fé, seus medos morrerão de fome. Se você alimentar seus medos, sua fé morrerá de fome. Nossa tendência é alimentar nossos medos. Temos que fazer coisas intencionais para alimentar nossa fé”, aconselhou.

Na entrevista concedida ao portal The Christian Post, o pastor da Igreja de Oak Hills, em San Antonio, Texas (EUA) encorajou os cristãos a buscarem a resposta para a seguinte pergunta: “Senhor, o que Tu está me dizendo durante esta crise?”.

A ideia de que Deus está “conversando com o mundo” através da pandemia de coronavírus é fixa para o pastor: “Acredito que a mensagem é pessoal e global. Alguns de nós precisam ouvir algo individualmente. Por exemplo, eu senti que o Senhor estava me dizendo: ‘Max, não dependa da economia’. Pode ser que Deus esteja dizendo às pessoas: ‘Não confie em entretenimento para sua plenitude’”.

Em um ano de Olimpíadas e dezenas de outros eventos esportivos de grande porte ao redor do mundo, Max Lucado chama a atenção para o impacto da pandemia: “Quem previa estádios esportivos vazios? Parece um drama de ficção científica. Pode ser que alguns de nós precisem ouvir o Senhor dizendo: ‘Pare de transformar um ídolo nessas fontes de prazer. Venha a mim para satisfação’”.

“Vá ao Senhor, pergunte o que Ele está dizendo e depois diga: ‘Como podemos ser usados por Ti? Como podemos servir aos outros?’. Não é fácil por causa do distanciamento social. Mas podemos enviar mensagens de texto e ligar para as pessoas, entregar presentes para alguém, podemos ser criativos, especialmente com os vulneráveis”, incentivou.

A escolha

Parte do exercício de nutrição da fé depende de uma escolha racional, apontou Max Lucado: “Quando ligo o noticiário hoje à noite, ouvirei alguém dizer que as coisas estão piorando. Se não me proteger, deixarei isso criar uma sensação de ansiedade que encherá meu coração, e depois transmitirei isso ao mundo”, contextualizou.

“Achamos que só porque temos um pensamento, temos que pensar. Não devemos. Não precisamos recebê-lo. Existem muitas mentiras por aí e falsidades distribuídas no momento, na forma de exagero, como ‘Nunca vamos superar isso’ e outras declarações exageradas. Precisamos nos proteger contra essas coisas porque elas podem nos sugar”, orientou o pastor.

Lembrando da passagem de II Coríntios, Lucado frisou que o apóstolo Paulo exorta os fiéis a “capturarem todo pensamento para torná-lo obediente a Cristo”: “Isso significa que ouvimos esse pensamento e depois oramos: ‘Sei que parece que as coisas estão piorando, mas Senhor, Tu estás no controle e não vou me render a isso. Eu entrego meu medo a você’”, disse.

“Ao invés de permitir ansiedade em meu coração, a fé entra em meu coração, de modo que, mais tarde, o que eu digo é: ‘As coisas estão difíceis, mas acredito em um Deus bom e Ele está no trono’. [Desta forma] me torno alguém que transmite esperança ao invés de medo”.

Da mesma forma que muitas igrejas ao redor do mundo, a igreja liderada por Lucado suspendeu os cultos para ajudar conter o coronavírus. Mesmo assim, o pastor celebrou um breve culto nos últimos domingos e o transmitiu pelo Facebook, e garantiu que continuará a fazer dessa forma “pelo tempo que for necessário”.

“Temos situações como essa na história e isso acontecerá novamente. Não sei se isso é uma indicação de que estamos perto do fim do mundo como o conhecemos, mas poderia ser. Ninguém sabe. Mas é um lembrete para que voltemos nossos corações ao Senhor e continuemos orando”, finalizou.

por Tiago Chagas – Gospel +

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