O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, no dia 4 de abril, a lei nº 14.834, que cria o Dia da Mulher Sambista e estabelece sua comemoração para o dia 13 de abril. A data é celebrada pela primeira vez neste sábado (13).
A norma, que teve como relator o senador Cid Gomes (PSB-CE), escolheu a data do nascimento de Dona Ivone Lara como marco para a data comemorativa. A célebre sambista se notabilizou por ser a primeira mulher a integrar uma ala de compositores de escola de samba.
Carregando o Império Serrano no coração, a carioca é autora do samba-enredo que embalou o desfile de 1965 do reizinho de Madureira, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, a agremiação apresentou o enredo “Cinco Bailes da História do Rio” e conquistou a segunda colocação, atrás apenas do campeão Salgueiro.
Ela dividiu a autoria da obra com Bacalhau e Silas de Oliveira, um dos principais compositores da história do gênero e caneta responsável pelo clássico “Aquarela Brasileira”, de 1964.
Dona Ivone Lara é conhecida como “a grande dama do samba” e atuou por muitos anos como enfermeira na reforma psiquiátrica do Brasil ao lado da médica Nise da Silveira.
Na música, ela lançou mais de 10 álbuns, teve “Sonho Meu” como grande sucesso e viu suas obras serem gravadas por nomes como Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte e Beth Carvalho.
A sambista foi homenageada pelo Império Serrano com o enredo “Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba”. A escola da Serrinha conquistou o vice-campeonato da segunda divisão do Carnaval carioca, à época chamada de Grupo A.
Ela morreu no dia 16 de abril de 2018, vítima de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória, como noticiou o jornal O Globo. Dona Inove Lara foi velada na quadra do Império Serrano e enterrada no Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro.
Fonte: CNN Brasil