Referência em sexualidade e tantra, a filósofa, escritora e mestra tântrica Carol Teixeira acredita que o verdadeiro empoderamento passa pela relação com o corpo e com o prazer sexual, atingindo o orgasmo.
Para ela, a data é uma boa oportunidade para falar sobre o tema, que para alguns ainda é um tabu: “Eu tento fazer a mulher ir além dos discursos do empoderamento e sentir isto no corpo, e acho que isso é urgente. Porque muitas têm essa clareza no discurso mas entre quatro paredes fingem orgasmo, por exemplo, ou não conseguem sair de um relacionamento abusivo”.
Carol Teixeira revela que a questão de muitas mulheres que fingem orgasmos tem a ver com a opressão cultural: “Nos privaram do contato com nosso corpo na civilização ocidental. No momento em que entramos em contato com o corpo de forma livre estamos indo contra todo um histórico de repressão e violência contra a mulher. No momento em que você se liberta você está interrompendo um processo, está liberando toda sua linhagem feminina. Se entender como um corpo para si e não para o outro é a maior das resistências”, explicou.
E por que será que o prazer feminino ainda é um tabu? “Porque as pessoas têm medo dele. Talvez, por isso, o prazer feminino tenha sido uma das sensações mais negligenciadas na história. Uma mulher consciente de seu poder – esse poder que vem da apropriação do próprio corpo e da própria sexualidade – é uma usina de energia e de segurança. Por isso, as sociedades vivem batendo cabeça tentando lidar com esse poder do corpo feminino. Em algumas com burcas ou mutilação, em outras sociedades, há uma superexposição”, disse.
Autora do romance “Bitch” e idealizadora das vivências tântricas e curso ‘I Love My Pussy’, Carol tem entre suas seguidoras famosas como Leandra Leal, Camila Pitanga, Angélica, Grazi Massafera e Narcisa Tamborindeguy, que conquistou por levantar a bandeira do empoderamento feminino de maneira clara e objetiva. O Dia do Orgasmo é comemorado em 31 de julho.
(MF Press Global)