Diretor do Incar é contra feriado de Carnaval: “festa suspensa, o fechamento do comércio não é bom para lógica humana e nem da economia”

Diretor médico do Hospital Incar de Santo Antônio de Jesus, Dr. Arthur Gonzáles / Foto: Voz da Bahia

Nesta quinta-feira (11), o médico cardiologista e um dos diretores do hospital Incar de Santo Antônio de Jesus, Dr. Arthur Gonzáles, esteve presente no estúdio do Voz da Bahia e participou da Live do Meio-Dia e Meia, mais uma vez alertando a população do perigo para Covid-19 e confirmando ser contra o feriado de carnaval no município de Santo Antônio de Jesus, “o Incar estará funcionando”.

Dr. Arthur salienta que ainda não é hora de baixar aguarda, “esse feriado obviamente é mais um motivo para criar aglomerações e daqui há duas ou três semanas tem mais mortes na nossa cidade e região por uma questão de um Carnaval que não tem nenhum motivo de acontecer. O carnaval já foi suspenso, a gente está em um momento muito grave em nossa sociedade, as pessoas estão morrendo, nós deveríamos estar de luto e não pensando em fazer festa, aglomeração e Carnaval”, expôs.

Gonzales ainda relembra a imposição principalmente dos empresários sobre o fechamento do comércio, “eu acho interessante que as pessoas reclamavam tanto do comércio fechado e agora as pessoas querem que o comércio fique fechado para fazer seu feriadão, passear, descansar e realmente, eu acho que não tem clima nem do ponto de vista da pandemia, nem do ponto de vista da lógica humana, muito menos no ponto de vista da lógica econômica”, ressaltou.

O médico além disso repassa, que o ano 2021 está dentro de uma crise econômica, “entramos o mês de janeiro onde a economia vem abalada, às vezes temos dias seguidos com a média móvel no Brasil acima de 1 mil mortes e as pessoas ainda não entenderam que a gente tá vivendo um momento de atenção, de pandemia, é um vírus de alta transmissão que passa de pessoa para pessoa, então, a única maneira que a gente tem de melhorar é se a gente ficasse um pouco mais em casa, cuidasse mais da higiene e evitasse aglomerar”, desponta.

O diretor do Incar adverte que mesmo com a existência da vacina inda é preciso tomar todos os cuidados, “ela vai proteger, mas para começar a melhorar essa curva, tem que vacinar pelo menos 30 a 40% da população mundial, para começar a sentir o efeito na proteção da saúde das pessoas”, concluiu.

Reportagem: Voz da Bahia

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