O diretor técnico do HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus), Dr Antônio Carlos, esclareceu algumas dúvidas relacionadas ao combate do covid-19 na instituição de saúde.
O médico afirma que o recôncavo baiano está partindo para uma certa estabilidade nos números, “temos ainda uma quantidade grande de casos que são positivados diariamente, mas as Secretarias Municipais dos Municípios estão tomando as ações que acham pertinente com relação a isso e o HRSAJ mantém o seu trabalho. É importante lembrar que falamos do novo coronavírus foi no dia 29 de Janeiro e de lá para cá nós estamos desenvolvendo um trabalho direcionado a isso. Determinamos uma área com 10 leitos no hospital, sendo ele 5 leitos para terapias intensivas e 5 leitos que são classificados como clínicos para paciente com potencial de gravidade menor”, pontua.
O diretor ainda fala que denominar os números de leitos por município não é a melhor forma, “quantos leitos tem em Santo Antônio de Jesus? Disponibilizamos dos mais de 2 mil leitos que o Estado criou para essa doença, todos os baianos tem acesso a todos os leitos que foram criados na Bahia, portanto, o Estado tem divulgado essa média que tem oscilado em torno de 70%, e estamos todos alinhados a esse pensamento, esse fluxo, fazendo essa gestão de leitos. É o momento que estamos percebendo que os números de casos têm de estabilidade, mas um momento ainda de muita atenção”, expôs.
As estratégias do giro leitor, Dr Antônio Carlos reforça que é fundamental visto que pela estratégia do Estado, os pacientes serão tratados em centros de referência ao tratamento do novo coronavírus, “a nossa unidade recebe os pacientes, os mesmos estabilizam e no momento adequado a gente faz a solicitação e o encaminhamento destes pacientes para os centros de referência em Salvador. Ao passo que a gente tem um giro leito efetivo, a gente tem a possibilidade de tratar cada vez mais pessoas e isso tem se dado de maneira bastante adequada”, diz.
Com relação ao uso de substâncias para o tratamento dos acometidos da Covid-19, o diretor declara não fazer uso, “a gente não utiliza cloroquina e nem hidroxicloroquina nos nossos pacientes internados. Todos os estudos que estão sendo publicados por entidades sérias, estão demonstrando que não há benefício na utilização dessas medicações, então a gente baseia o nosso tratamento a luz da ciência. Temos o comitê interno para estar muito atento a essas publicações que saem a todo instante, para que a gente possa revisar constantemente os nossos protocolos de tratamento. Neste momento não existe nenhuma medicação que previna a Covid-19, que previna o indivíduo de adoecer pelo novo coronavírus, então infelizmente, estamos aí com expectativa das vacinas que estão sendo testadas. Com relação aos pacientes que estão em estado grave existe estudos positivo para o uso de corticoide e com relação à coagulação, mas essas outras medicações não existe nada que demonstre resultados”, relatou.
Redação: Voz da Bahia