A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, destacou que o endividamento dos países ricos está prejudicando o crescimento econômico das nações em desenvolvimento, pois reduz a disponibilidade de capitais para investimentos em infraestrutura, educação, saúde e combate à pobreza. Ela alertou que, com cerca de US$ 87 trilhões de dívida combinada entre as dez economias mais desenvolvidas, há uma significativa diminuição na liquidez disponível para financiar projetos nos países do Sul Global, elevando os custos de empréstimos para essas nações e dificultando seu desenvolvimento.
Dilma sugeriu duas medidas para melhorar a situação: canalizar a liquidez internacional para os países em desenvolvimento e reduzir as taxas de juros, e promover financiamentos em moedas locais para diversificar as fontes de recursos e aumentar a resiliência econômica. Ela anunciou que o NDB pretende aumentar o crédito em moedas locais para até 30% do total e continuar a apoiar projetos de desenvolvimento sustentável.
O NDB, fundado pelos BRICS e agora expandido para incluir novos membros, atua na área de infraestrutura e sustentabilidade e compete com outros bancos multilaterais, como o Banco Mundial.