Os Estados Unidos identificaram ao menos quatro falecimentos ligados ao uso de cigarros eletrônicos –um quinto caso ainda é investigado, mas não foi confirmado. A doença que causa a morte ainda não foi identificada.
De acordo com o jornal “The Washington Post”, há 450 pessoas que potencialmente sofrem da mesma patologia.
O Departamento de Saúde do estado de Indiana atribuiu uma morte à doença na sexta (6), e autoridades do estado de Minnesota confirmaram uma outra, no mesmo dia.
O departamento de saúde pública de Los Angeles divulgou, também na sexta (6), que está investigando se um falecimento também está relacionado à enfermidade.
Os estados de Illinois e do Oregon já haviam notificado casos fatais antes.
Os médicos identificaram e descreveram problemas nos pulmões de pessoas que usam cigarro eletrônico em publicações científicas como o “New England Journal of Medicine”. Eles classificaram a tendência como preocupante.
O professor David C. Christiani, de Harvard, escreveu um texto em que diz que ao menos 215 dos casos eram graves, com sérios problemas respiratórios.
“Apesar de mais pesquisa ser necessária para determinar se o cigarro eletrônico é responsável, claramente há uma epidemia que implora uma resposta urgente”, escreveu.
Os cientistas acreditam que o mais provável é que a exposição a químicos esteja associada à doença pulmonar.
A agência norte-americana que regulamenta remédios e alimentos, a FDA, está analisando amostras de pacientes que tiveram a doença e os testa com diversos produtos químicos, incluindo THC, o princípio ativo da maconha.
Foi encontrado acetato de vitamina E, um óleo derivado de vitamina E, em pacientes que fumaram cigarros eletrônicos.
O uso de cigarros eletrônicos aumentou, em parte, porque os usuários acreditam que eles ajudam a largar o cigarro tradicional.
O produto faz sucesso entre adolescentes e pessoas que nunca haviam fumado antes. Uma pesquisa feita pelo governo dos EUA mostrou que 21% dos alunos do último ano do ensino médio haviam fumado cigarros eletrônicos ao menos uma vez nos últimos 30 dias. (G1)