Mil trezentos e quinze casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Dos casos confirmados, em todo o Estado, a cidade de Salvador foi a que apresentou o maior número de casos de Influenza, equivalendo a 53,2% do total registrado.
Segundo a Sesab, no número registrado de casos, houve uma redução de 24,8%, em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, entre janeiro a agosto. No período analisado, foram registrados 79 óbitos por SRAG, sendo 28 por Influenza; 10 por Influenza A H1N1; 10 por Influenza A H3N2 Sazonal; 05 por Influenza A não subtipável; 03 pela Influenza B e 04 por outros vírus respiratórios. Em 44 óbitos não houve identificação de vírus respiratórios e 03 óbitos estão, ainda, em investigação.
A Sesab ressalta que outros 237 casos foram confirmados para a doença, dentre eles, 71 foram ocasionados pelo vírus Influenza A H1N1; 110 pelo vírus Influenza A H3N2 Sazonal; 31 Influenzas A não subtipável; e 25 por Influenza B. Outros 10,5% dos casos encontram-se em investigação. Foram identificados outros vírus respiratórios dentre as amostras positivas dos casos investigados. Foram esses: Vírus Sincicial Respiratório; Parainfluenza 1; Parainfluenza 2; Parainfluenza 3; Adenovírus; e Metapneumovírus.
Predisposição
Segundo informações da Sesab, a faixa etária de maior ocorrência de casos de Influenza A H3N2 e Influenza A H1N1 foi menores de dois anos e maiores de 60 anos. Portanto, de acordo com a secretaria, existe uma predominância de casos e óbitos por Influenza A H3N2 nos maiores de 60 anos, correspondendo a 43,6% dos casos e 70% dos óbitos.
A Sesab destaca, ainda, que as unidades sentinelas da síndrome gripal têm como meta coletar 05 amostras semanais dos casos de gripe, tendo como meta 960 coletas. Na Bahia as cinco unidades cadastradas como sentinelas, todas localizadas em Salvador, realizaram 711 coletas, correspondendo a 74,1% do total.
Dentre as amostras coletadas, a unidade de sentinela identificou a circulação do vírus Influenza e de outros vírus respiratórios com predomínio do Metapneumovírus. Verificou-se, também, maior ocorrência de vírus respiratórios ocasionando casos de gripe da semana epidemiológica 01 a 23. A maior circulação do vírus Influenza ocorreu nas semanas 11 a 19, destacando-se o vírus Influenza A H1N1; enquanto que nas primeiras semanas do ano houve o predomínio do metapneumovírus.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divepv) recomenda como prevenção da doença a lavagem das mãos por várias vezes ao dia, principalmente, antes de consumir algum alimento. Sugere, também, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável. “Quando utilizar o lenço descartável para higiene nasal é sempre bom cobrir nariz e a boca, quando espirrar ou tossir”, recomenda a autarquia.
Segundo a Divepv, é importante evitar tocar as mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos, após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contatos muito próximos a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da Influenza. Também, recomenda prudência ao sair de casa em período de transmissão da doença, evitando aglomerações e ambientes fechados. A Divepv alerta para as pessoas realizarem hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos durante todo o dia. (Tribuna da Bahia)