Dólar volta a bater R$ 4, mas muda de rumo e fecha em queda

Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters
Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar mudou de rumo e fechou em queda nesta terça-feira (13), após ter superado a barreira de R$ 4 no início dos negócios, diante da cautela ligada à disputa comercial entre Estados Unidos e China e ao resultado das eleições primárias na Argentina.

A mudança de direção do dólar veio depois que os Estados Unidos anunciaram a exclusão de alguns itens da lista de produtos chineses sujeitos a tarifa adicional de 10% a partir de setembro, e o adiamento para dezembro da cobrança sobre uma série de outros.

A moeda norte-americana caiu 0,37%, vendida a R$ 3,9686. Na máxima do pregão, chegou a R$ 4,0125. Veja mais cotações.

Na segunda-feira, a moeda norte-americana avançou 1,1%, a R$ 3,9833. Na semana, o dólar tem alta de 0,73%. No mês, já subiu 3,93%.

No cenário doméstico, as atenções estavam voltadas para a votação da MP da Liberdade Econômica na Câmara e no começo dos trabalhos envolvendo a tramitação da reforma da Previdência no Senado.

Instabilidade na Argentina

O câmbio no Brasil sentiu na véspera o aumento da volatilidade no mercado argentino, onde o peso desabou cerca de 30% no pior momento do dia, para uma nova mínima recorde.

A desvalorização ocorreu por conta de receios de que o futuro governo argentino possa adotar políticas econômicas heterodoxas, após eleições primárias na Argentina no fim de semana apontarem para uma derrota da chapa do atual presidente, Mauricio Macri.

A instabilidade no mercado argentino tende a afetar o brasileiro, uma vez que o país vizinho é importante destino das exportações brasileiras de manufaturados e quedas nas compras podem impactar negativamente o já lento crescimento econômico doméstico.

O Banco Central realizou nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019. (G1)

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