Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), participou do programa “Provoca” da TV Cultura e se manifestou sobre sua recente expulsão da Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB). Ao ser questionado pelo apresentador Marcelo Tas, Kivitz reafirmou suas convicções que o levaram a essa situação, afirmando: “Não existe só uma maneira de ler um texto sagrado”, acrescentando que sua visão do Evangelho entra em conflito com a “religião organizada, dogmática, moralista e excludente”.

Na entrevista, Kivitz destacou que a decisão da OPBB reflete uma “lógica religiosa conservadora” da qual ele não se identifica. Ele afirmou: “Respeitei o que fizeram, pois é a lógica deles.” O pastor reiterou que sua interpretação do Evangelho se opõe à religião organizada, que considera dogmática e excludente.

A questão da homossexualidade foi um ponto central da polêmica que resultou na expulsão de Kivitz. Ele defendeu que essa prática não é reprovada por Deus, citando apenas textos de Paulo para fundamentar sua visão. No entanto, evitou mencionar outros versículos que abordam a sexualidade.

Sobre a salvação, Kivitz argumentou que ela é uma obra de Cristo, e não dependente da identidade de gênero: “O que salva é Jesus Cristo.” Ele provocou os evangélicos conservadores ao questionar se deveriam se preocupar com o inferno, enfatizando que a relação com Deus transcende rótulos religiosos.

Ao final, Kivitz desafiou a ideia de que Cristo seja o único caminho para Deus, afirmando que Deus é acessível a todos, independentemente de sua fé ou crença. Essa visão provoca reflexões sobre a pluralidade da experiência religiosa no mundo contemporâneo.