No auge da sua juventude, em 2003, o já vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, desembolsou R$ 150 mil para comprar um imóvel, em uma transação feita com dinheiro vivo.
Com correção monetária, 17 anos depois, o valor corresponderia atualmente a cerca de R$ 366 mil. O filho do presidente da República parte este ano para tentar ser reeleito novamente e engatar o sexto mandato consecutivo.
O imóvel se trata de um escritório localizado na Tijuca, no Rio de Janeiro, que ainda é de propriedade de Carlos Bolsonaro. Em 2016, ele declarou durante a eleição o valor do bem de R$ 205 mil.
A transação em espécia não é ilegal, mas atrai a desconfiança para lavagem de dinheiro, como apontam os especialistas, uma vez que não deixa rastro no sistema financeiro.
Carlos é investigado por suspeita de nomear funcionários fantasmas para o seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, em um esquema conhecido popularmente como “rachadinha”. De acordo com o Ministério Público, ao menos 11 servidores estão sob suspeita, a maior parte delas ligadas a Ana Cristina Siqueira Valle, que não é mãe de Carlos, mas foi casada com o atual presidente.
Vale lembrar que o seu irmão, Flávio Bolsonaro (Republicanos), também é alvo do MP por prática de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, também em um esquema de “rachadinha”, comandado por Fabrício Queiroz na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). (BNews)