Maior medalhista olímpico da história, Michael Phelps tem enfrentado um inimigo invisível, mas que faz muitos estragos em toda a humanidade: a depressão. Nesta segunda, o ex-nadador de 34 anos escreveu um artigo no site da ESPN Americana, onde narrou, em primeira pessoa, todas as dificuldades enfrentadas por ele neste período de pandemia do novo coronavírus. Em um trecho, Phelps chegou a afirmar que se sente “esmagado” emocionalmente com o atual momento.
Nos últimos cinco anos, Phelps vem dando diversas declarações públicas sobre a sua luta contra a depressão. Em 2018, ele chegou a afirmar que pensou em suicídio logo após os Jogos Olímpicos de Londres 2012.
– Querem saber a minha verdade? Como estou a lidar com a quarentena e a pandemia global? Vamos colocar isto assim: ainda estou a respirar. O meu humor anda de um lado para o outro. A pandemia tem sido das coisas mais assustadoras que já passei. Fico grato por eu e a minha família estarmos bem e por não ter de me preocupar com pagar contas ou meter comida na mesa como tanta gente. Mas ainda assim, estou com dificuldades. Nunca me senti tão esmagado – disse Phelps no artigo.
O ex-nadador ressaltou também que a incerteza de como o mundo vai ficar após a pandemia da Covid-19 está mexendo com o seu emocional.
– A pandemia tem sido um desafio que não estava à espera. Toda esta incerteza. Estar enfiado numa casa. E todas as questões, são tantas as questões. Quando é que isto acaba? Como ficará a nossa vida quando isto chegar ao fim? Estou a fazer de tudo para estar a salvo? A minha família está a salvo? Isto deixa-me maluco (…) As minhas emoções estão descontroladas, estou sempre no limite, sempre na defensiva – relatou.
Ainda no artigo, Phelps também contou que que uma das formas que tem usado para lidar com os seus demônios interiores é através do exercício. Segundo o ex-atleta, todos dos dias, logo após acordar, ele faz 90 minutos de exercícios em casa.
– Se falho um dia, é um desastre. Entro numa espiral negativa dentro da minha cabeça – concluiu. (Globo Esporte)