Para evitar aglomerações em igrejas e templos, representantes religiosos estão pedindo que fiéis façam orações dentro de casa. Com isso, locais que normalmente eram cheio de gente, agora estão vazios. Algumas paróquias estão transmitindo as missas ao vivo pela internet, através das redes sociais.
No Santuário de Santa Dulce dos Pobres, as atividades como missas, batizados e casamentos foram suspensas até o dia 2 de abril ou até que a situação seja controlada.
Os horários também foram reduzidos e atualmente o local é fechado às 15h. Enquanto isso, as missas serão transmitidas pela internet às 9h, através das redes sociais.
“Todos os dias um fluxo imenso de pessoas e agora quando a gente olha e vê que são poucos, é difícil de se acostumar com esse momento. Mas é um momento de muita fé e confiança no senhor”, disse o Frei Geovane Lima, padre do Santuário.
A turista Ane Gomes contou que está a passeio na capital baiana e tem evitado sair do hotel. Apesar da situação, ela disse que não podia deixar de visitar o Santuário.
“Depois da canonização, ainda não tinha vindo aqui, então a gente veio. Tomando as precauções e pedindo proteção”, contou a turista.
As medidas seguem a determinação do Governo da Bahia, que proíbe evento que reúnam mais de 50 pessoas.
“Nós como igreja estamos em comunhão, e essa comunhão independe de estarmos todos aglomerados, mas a comunhão dos corações e espiritual. O arcebispo incentiva as devoções, os exercícios espirituais em família, a descoberta do terço, a via sacra, a leitura orante da palavra de deus, tudo isso pode estar em comunhão com a igreja, mas em sua casa”, contou o Frei Geovane.
A Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) também suspendeu as atividades e informou, em nota, que o uso da tecnologia pode auxiliar na realização de preces em favor da humanidade.
Também em nota, o presidente da Igreja Evangélica Batista, pastor Djalma Torres, recomendou a suspensão dos cultos nos templos.
Nos meses de março e abril, cinco cultos estavam previstos para acontecer no Terreiro do Cobre, no bairro da Federação. São atividades que reúnem centenas de pessoas, e todos foram adiados.
“A criança não sabe, geralmente eles vêm, a gente que tem consciência fala distante para preservar eles. Esse contato que a religião tem é muito afetivo, a gente está sempre se tocando, pega na mão para dar benção, abraça os orixás, por isso devemos ter cuidado”, contou a ialorixá, Mãe Val.
“Eu acredito em Omolu e tenho muita fé nele, tenho pedido muito a ele, para me curar, curar a comunidade, curar o mundo”, completou a candomblecista (G1 Bahia).