No programa Meio-Dia e Meia, na Live do Voz da Bahia desta terça-feira (16/06), o empresário Galdino Modesto falou sobre sua experiência ao contrair o coronavírus.
Agora recuperado, Galdino relata que sempre se precaveu usando álcool gel, máscara e até viseira, mas o fato de trabalhar com público o deixou vulnerável e acabou por contrair a doença, “de todos os sintomas da covid-19, eu tive apenas febre, que persistiu durante 10 dias, isso que levou a ficar internado no hospital. Comecei a fazer o tratamento antes mesmo de sair o resultado do exame comprovando a doença. Mas, graças a Deus não perdi o paladar, não tive falta de ar, só tive a febre e com passar dos dias o vírus atingiu os meus pulmões e isso que levou a todo esse cuidado médico e o internamento, até passar pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva), porque mostrava na tomografia uma afetação no pulmão, mas clinicamente eu estava bem”, explica.
Sobre a contaminação com as pessoas a qual convive, o empresário afirma que sua esposa testou negativo para o coronavírus e seus filhos aguardam o resultado e acentua que tomou todos os cuidados e se manteve isolado e distante para proteger a família.
Ainda sobre o seu estado de saúde, Galdino relata que fez uma primeira tomografia e a mesma já detectava a presença da covid-19, “depois que eu fiz a primeira, ainda fizemos a segunda e tive um avanço muito grande, ou seja, aumentou o contágio dela no meu pulmão, foi a partir daí que eu fiquei internado quatro dias; dois dias na UTI e dois dias no apartamento”, explica.
Modesto relata que sempre teve um bom estado de saúde e o fato de ter essa febre o alertou a desconfiar que estaria com a covid-19, “pelo que eu estava passando com a febre, eu até estava torcendo de fato que fosse, porque pelo menos é uma forma de agora ficar mais tranquilo”, desabafa.
A atual situação do Comércio de Santo Antônio e seu suposto fechamento no dia 18/06 (relembre aqui), Galdino afirma que o problema da pandemia é de todos e não se deve jogar a responsabilidade apenas para gestores, “temos que fazer a nossa parte. Eu sou empresário, dependo da minha empresa funcionando para que eu possa arcar com as minhas contas, com a minha família, com os meus funcionários, com os meus tributos, eu preciso que ela esteja funcionando, mas também estou de acordo; se é para o bem de todos, se precisar fechar, que feche. Talvez se todos nós cidadãos fizéssemos a nossa parte e tivermos assumindo a responsabilidade que é nossa e não apenas dos gestores. Eu trabalho no entorno da Feira Livre e vejo a quantidade de pessoas às vezes 3, 4 pessoas da mesma casa, quando poderia estar apenas uma na rua, vir fazer as suas compras, ou atender as suas necessidades sem precisar está vindo muita gente”, disse.
O empresário aponta que o momento foi muito oportuno para rever muitas coisas em sua vida, “eu tenho que agradecer a Deus primeiramente, as pessoas que não foram poucas, de diversas religiões que fizeram às suas preces, que fizeram orações e colocaram na verdade todo seu interesse em ver que eu retornasse para o seio da minha família. Não é fácil. Quando eu estava sendo deslocado para UTI, sendo levado pelo maqueiro, meu filho me chamou e pediu que eu prometesse que eu iria voltar, foi um momento muito marcante na minha vida e eu respondi, sim meu filho eu vou voltar, mas a gente não tem essa certeza, só Deus pode nos dar essa certeza, porque nós estamos nas mãos Dele, por isso que eu me entregava e me colocava cada vez mais na mão Dele e ele conseguiu me trazer de volta para minha família e hoje eu sou uma pessoa totalmente agradecida”, relevou.
Galdino finaliza reforçando que as pessoas se cuidem e caso precisem sair que venham a usar todos os equipamentos necessários de proteção, “esse vírus não escolhe raça, não escolhe cor, não escolhe condição financeira, vamos nos proteger e mandar esse vírus para longe de nós”, finaliza.