O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, ocorrido neste domingo (17), registrou um novo recorde de abstenção no concurso. O índice de candidatos inscritos ausentes ficou em 51,5%. Ou seja, mais da metade não compareceu na primeira etapa.
A maior taxa de abstenção anteriormente registrada foi em 2009, com 23% no primeiro dia e 37,7% no total, segundo o Ministério da Educação.
Apesar da quantidade de faltosos, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, considerou a realização da prova “algo vitorioso”. Ele acredita que a alta porcentagem ocorreu por conta da “dureza e medo da contaminação”, mas também por causa de “um trabalho de mídia contrário ao Enem muito grande”.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, a aplicação da avaliação foi “tranquila do ponto de vista da saúde sanitária”.
“Não teve nenhum local de prova interditado”, disse Lopes, se referindo a visitas de agentes de vigilância sanitária e do Ministério Público. “As normas e procedimentos de segurança estabelecidos pelo Inep foram cumpridos durante a execução da prova”, completou.
O índice de abstenção não inclui os dados de candidatos do estado do Amazonas e de duas cidades de Rondônia, onde o exame foi suspenso devido à gravidade da pandemia nos locais. (Metro1)