O movimento Escola sem Partido (ESP), que pretendia combater o que chamava de “doutrinação” nas escolas, anunciou a suspensão de suas atividades após 1º de agosto. Segundo o criador do movimento, Miguel Nagib, a falta de apoio, especialmente do presidente, leva ao fim das ações.
Nagib, que disse ao jornal O Globo que “banca tudo” relacionado ao movimento, esperava mais apoio de empresários para manter a iniciativa funcionando. “Não temos recursos. Não esperávamos um suporte do governo, mas um apoio político do presidente Bolsonaro”, declarou ele.
O criador do movimento condicionou a retomada dele à “obtenção desses recursos” por meio do apoio de empresários. Em publicações em redes sociais, o ESP declarou que “denúncias, pedidos de socorro e orientação deverão ser dirigidos ao MEC, secretarias de educação, Ministério Público e políticos que se elegeram com a bandeira do ESP”.
“Fiz papel de bobo”, resume ele em depoimento no Facebook. “Desde a transição, não me lembro de tê-lo ouvido falar mais em Escola sem Partido. Por alguma razão, o tema sumiu do radar do Presidente”, declarou Nagib, que também se queixou por não ter sido recebido pelo ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e critiou o atual gestor da pasta, Abraham Weintraub, por estar “mais preocupado em falar do que em ouvir”.