A mentira que acusa cristãos de odiarem homossexuais vem trazendo acusações de intolerância aos seguidores da mensagem da Bíblia Sagrada, mas as consequências vão além disso, incluindo a distorção do Evangelho e o estímulo ao ódio real contra a Igreja de Cristo e seus membros.
O escritor John Wesley Reid publicou um artigo em que aponta as consequências do perigoso hábito da cultura ocidental de “equiparar discordância com ódio”.
“Alegações de ódio e intolerância tornaram-se ferramentas às quais as pessoas recorrem quando seus fatos e lógica se esgotam. A narrativa é a seguinte: se você discorda da visão de mundo de alguém, é, portanto, odioso e fanático para ela e/ou sua ideologia”, escreveu Reid no portal The Christian Post.
“Esse hábito imprudente gera narrativas falsas, e narrativas falsas geram ideologias falsas – ideologias que às vezes se tornam violentas. Somente no ano passado, vimos muitas reações violentas em relação às opiniões opostas daqueles que consideraram os indivíduos não violentos ‘odiosos’”, acrescentou.
Casos que resultaram em perdas de vida nos Estados Unidos, como tiroteios em escolas e centros de compras, podem ter sua origem na distorção de fatos feita pela militância LGBT. Reid citou o caso de Highlands Ranch, no estado do Colorado, quando Devon Erickson e Maya Elizabeth McKinney [menor de idade em processo de transição para mudança de sexo], que se identificam na comunidade LGBT, realizaram o tiroteio na escola com o objetivo de alvejar ‘estudantes […]’ e mostraram forte desprezo por cristãos”.
“Em uma postagem recente em uma conta do Facebook agora excluída, Erickson escreveu: ‘Você sabe o que eu odeio? Todos esses cristãos que odeiam gays, mas na Bíblia, diz em Deuteronômio 17: 12-13, se alguém não faz o que seu sacerdote manda, eles devem morrer. Tem muita coisa maluca assim. Mas tudo o que eles fazem é ‘gays ewwwwww’”, exemplificou o escritor, apontando um extremo em consequência da propaganda incisiva e constante baseada numa mentira.
Reid pontua que “além do analfabetismo bíblico de Erickson, existem duas falhas nesta citação que são imperativas para a nossa cultura entender: cristãos não odeiam a comunidade LGBT ou têm nojo dela.
“Cristãos odeiam o pecado do mundo e como isso machuca cristãos e não cristãos. Mas esse ódio pelo pecado alimenta o amor pelo pecador e o desejo de encontrar liberdade do pecado através da obra redentora de Jesus Cristo na cruz. Discordar do estilo de vida LGBT não equivale a ódio. Pelo contrário, é semelhante ao amor”, pontuou.
A ideia de que cristãos ficam enojados por causa dos homossexuais também foi rebatida: Se Erickson realmente acredita que os cristãos pensam ‘ewwwwww, gays‘, seus comentários exigem uma resposta da Igreja. Os cristãos não acham que a comunidade LGBT é ‘nojenta’. Os cristãos veem a comunidade LGBT da mesma maneira que vemos todos, inclusive a nós mesmos – vasos quebrados que serão tornados inteiros, com um coração arrependido, através de Jesus”.
“Mas por que Erickson e McKinney se sentiram odiados? Foi porque eles literalmente demonstraram ódio pela Igreja? A possibilidade é real, embora a possibilidade de que eles foram enganados ao pensar que os cristãos os odiavam também seja real, e provavelmente o caso real. Vez após vez, cristãos e influenciadores conservadores são descritos como ‘odiosos simplesmente por seu compromisso com uma posição bíblica sobre o casamento – um relacionamento monogâmico entre um homem e uma mulher. Os meios de comunicação de esquerda e os cristãos progressistas classificam os conservadores como intolerantes e desamorosos por essa crença”, avaliou.
John Wesley Reid enfatiza que a “afirmação de que os cristãos odeiam a comunidade LGBT é simplesmente falsa” e aponta responsabilidades: “Essa narrativa falsa e enganosa alimentada por progressistas é muito mais responsável pelo fosso relacional entre a Igreja e a comunidade LGBT do que qualquer suposto ódio demonstrado pela Igreja. Os cristãos submetem suas vidas ao Deus da Bíblia, a mesma Bíblia que identifica Deus em Sua essência como amor, o mesmo amor sacrificial que inspirou os alunos Brendan Bialy e Kendrick Castillo a colocar a segurança dos outros antes de si mesmos, tentando parar os atiradores – ações heróicas que custaram a vida a Castillo”.
“O ódio ao pecado no mundo não se traduz em ódio contra as pessoas. Jesus odiava o pecado; de fato, foi o pecado que separou Cristo de Sua amada criação e, no entanto, Ele amou Seu povo o suficiente para morrer por ele. Jesus tem mais motivos para odiar o pecado do que nós, e, no entanto, Seu amor é mais profundo do que qualquer um de nós é capaz [de amar]”, finalizou.
por Gospel + / Tiago Chagas