Comitê de especialistas aponta média diária de mais de 400 novas internações em São Paulo; Fiocruz alerta que 15 Estados registram aumento de casos graves
O Governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 24, a retomada do uso obrigatório de máscaras contra a Covid-19 no transporte público de todo o Estado. A decisão que entra em vigor a partir do próximo sábado, 25, segue recomendação do Comitê de Especialistas em saúde que assessora o governo em decisões sobre a pandemia e considera nova alta de casos e internações pela doença. A determinação também acompanhada pela Prefeitura de São Paulo é válida para usuários do metrô e de ônibus. “São Paulo tem apresentado aumento expressivo na transmissão do Sars-Cov-2, que se reflete principalmente nos indicadores de internações por Covid-19 em leitos de enfermaria e UTI, que nos últimos 14 dias mostram crescimento de 156% e 97,5%, respectivamente, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações”, diz comunicado do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, chefiado pelo infectologista David Uip.
A decisão no Estado paulista acontece dois dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinar a retomada do uso de máscaras em aviões e aeroportos, também em razão da nova onda de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil. A determinação da agência reguladora é que o item de proteção seja obrigatório a partir desta sexta-feira, 25. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a retomada do uso obrigatório de máscaras em aviões acontece após a agência receber manifestações de especialistas e entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Último boletim da fundação, divulgado nesta quarta, 23, mostra que 15 Estados registraram alta de casos graves de Covid-19. O documento tem como base as últimas seis semanas e demostra tendência de alta, com crescimento no número de infectados em 17 capitais brasileiras. Segundo a Fiocruz, a maioria dos novos infectados são idosos com mais de 60 anos – população considerada vulnerável à doença. (JP)