Estado firma parceria com Acelen que prevê investimentos de R$ 12 bilhões

O documento foi assinado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos Emirados Árabes Unidos, onde foi recebido pelo soberano do país árabe, Mohammed bin Zayed al Nahyan, com Lula..

Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

Um dos estados líderes atuais na produção nacional de energias renováveis (eólica e solar), a Bahia tem a perspectiva de também se tornar, nos próximos anos, o maior exportador mundial do chamado “diesel verde” ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil – óleo vegetal hidrotratado). Um memorando de entendimentos com previsão de investimentos de R$ 12 bilhões em 10 anos nesta área foi firmado neste sábado (15) entre o Governo da Bahia e a empresa Acelen, que gere a refinaria Mataripe.

O documento foi assinado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos Emirados Árabes Unidos, onde foi recebido pelo soberano do país árabe, Mohammed bin Zayed al Nahyan, com Lula..

“A Bahia também vai ter um compromisso de incentivos fiscais e de investimento em infraestrutura e logística. Estamos felizes em darmos mais esse passo para seguir com o desenvolvimento do estado. O memorando visa ainda geração de emprego e cuidado com o meio ambiente”, destacou o governador Jerônimo. Pela concessionária assinou o memorando o CEO do fundo Mubadala – dono da refinaria -, Khaldoon Al Mubarak.

De acordo com o vice-presidente de Relações Institucionais da Acelen, Marcelo Lyra, o projeto envolve a agricultura familiar e a agricultura em larga escala. “É um investimento muito significativo, com uma cadeia longa e que vai gerar cerca de 17 mil empregos, diretamente”, explicou. A projeto prevê a produção de 1 bilhão de litros de combustíveis renováveis por ano. A principal aposta será em diesel renovável e querosene de aviação sustentável, produzidos por meio do hidrotratamento de óleos vegetais e gordura animal. A produção deve ser iniciada no primeiro trimestre de 2026.

Na primeira fase, serão usados óleo de soja e matérias-primas complementares, que possuem o maior volume disponível e competitividade no país. Na segunda etapa, serão usados óleo de Macaúba, árvore nativa do Brasil com mais potencial energético e ainda não explorada em escala comercial, e óleo do dendê, com previsão de início de plantio em 2025. O projeto prevê o plantio em área de 200 mil hectares – o equivalente a 280 mil campos de futebol – priorizando terras degradadas. (bahia.ba)

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