Durante a “Operação Palha Grande” da Polícia Federal contra contra fraudes na Previdência Social, que cumpriu um mandado de prisão preventiva e outros 10 de busca e apreensão nas cidades de Sapeaçu e Santo Antônio de Jesus (clique e veja); o delegado da Polícia Federal, Breno Diniz, discutiu sobre como os acusados operavam.
Em entrevista a Clube FM na manhã desta quarta-feira (4), o delegado iniciou falando como funcionava a fraude, “essa investigação tem como foco a sede da agência de Sapeaçu e contava com a participação de intermediários que pegaram esses assegurados e davam entrada no benefício e cobravam valores após a concessão, onde parte dos valores eram rateados com esse funcionário público também, por facilitar a concessão do benefício”, falou.
O delegado contou sobre os acusados, sendo um deles ligado ao Sindicato de Trabalhadores Rurais de Santo Antônio de Jesus, “o fato dos sindicatos atuarem dentro da legalidade, obviamente não há qualquer problema, auxiliando esses trabalhadores rurais a solicitarem quando for o caso os benefícios previdenciários. O que foi investigado é que esses benefícios na verdade não são previstos, as pessoas não tinham direito e muitos não são nem trabalhadores rurais. Eles contavam com a colaboração do funcionário público para obter esses benefícios mediante o repasse desses valores”, declarou.
O delegado Breno disse ainda que os beneficiários indevidos também serão ouvidos pela Polícia Federal, “a investigação continua, os beneficiários serão ouvidos. Vamos ver a participação deles e também estamos investigando a possível participação de outros funcionários públicos. A partir do resultado das buscas de hoje, é possível ampliar o objeto da investigação e alcançar outras agências. O gerente da agência do INSS de Sapeaçu pode responder por organização criminosa, corrupção passiva, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos, sistema de informação, são vários crimes que estão sendo apurados”, concluiu.
Redação: Voz da Bahia