Estudantes criam aplicativo para distribuir cestas básicas

Foto: Pixabay

Dois estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Itapetininga desenvolveram um aplicativo que permite a instituições de assistência e organizações não governamentais (ONGs) ter controle sobre a distribuição de cestas básicas para pessoas carentes.

Douglas Pereira e Jonathan Souza concluíram o curso superior tecnológico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no final de 2018. Um colega de trabalho de Douglas contou que a igreja que frequenta na cidade estava com dificuldades para fazer com que os donativos chegassem às famílias de forma igualitária. “Ele me disse que tinha casos de pessoas que passavam por três ou quatro postos de distribuição no mesmo dia para retirar as doações”, afirma o estudante. “Existia a desconfiança de que as cestas estariam sendo vendidas enquanto outras famílias ficavam sem mantimentos em casa por meses seguidos.”

Foi pensando em equacionar esse problema que os alunos desenvolveram o Santa Cesta (nome provisório) como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Pesquisamos as igrejas e ONGs de Itapetininga e nenhuma tinha controle sobre as doações” explica Jonathan. “Com o aplicativo, cada instituição passa a ter seu usuário e senha para cadastrar as quantidades de cestas recebidas e retiradas, assim como as famílias contempladas, com data e local da aquisição do benefício”.

Santa Cesta estará disponível para celulares com sistema operacional Android ainda neste primeiro semestre.

Testado e premiado

Em dezembro do ano passado, o projeto foi um dos premiados no Be The Boss, competição promovida pelo Parque Tecnológico de Sorocaba e pelo escritório regional do Sebrae, com o objetivo fomentar a geração de startups universitárias. Testado por instituições religiosas e ONGs de Itapetininga, o app conquistou o segundo lugar.

A edição 2018 do Be The Boss Itapetininga avaliou 280 projetos de alunos de escolas técnicas e universidades. A Fatec do município ainda ficou com o terceiro lugar com o Tijolo Bayer, desenvolvido por Ana Maziero, Cilene Miranda, Ingrid Scanavaca e Michelle Hazenfratz. Elas criaram um protótipo de tijolo fabricado com resíduos do processo da extração do alumínio.

Uma das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) da cidade, a Darcy Pereira Moraes, também participou com dois projetos. O Aplicativo de acessibilidade e segurança ao deficiente visual, de Lucas de Sales, e o Kit de prevenção de quedas para idoso, de Martinho de Carvalho. (CPS)

(Diário do Poder)

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