Ao lado do atacante Biel, Everaldo foi um dos grandes nomes do Bahia no clássico contra o Vitória. O camisa 9 saiu do banco quando o Esquadrão perdia por 2×0, e marcou o gol que decretou o empate no Barradão. O tento marcado, o primeiro no Brasileirão, foi celebrado pelo jogador.
Durante entrevista na tarde desta terça-feira (23), no CT Evaristo de Macedo, Everaldo explicou que a bomba que soltou para anotar um golaço foi carregada de vontade. Ele conta que viu soberba do Vitória após abrir 2×0.
“Ba-vi é Ba-vi, mas nesse jogo específico nós estávamos perdendo por 2×0, eu já via um pouco de soberba do outro lado, olhando de fora, e eu estava bem revoltado. Eu estava do lado de fora e o que poderia fazer era motivar os companheiros”, iniciou ele.
“Quando eu entrei, olhava no olho de cada um, do Thaciano, Cauly, Gabriel Xavier, Biel, que entrou comigo, olhava e dizia: ‘Bora que dá’. E dava pra ver que eles queriam também, mas faltou alguma coisa que eles não conseguiram fazer antes das mudanças. Em cada bola parada eu procurava motivar, em cada ataque. Eu tinha dentro de mim que a gente ia conseguir o resultado. Não era o 2×2 que eu queria, queria o triunfo, ainda mais fora de casa, mas levando em consideração o contexto do jogo, acho que tá de bom tamanho”, completou.
Além da vontade pela rivalidade com o Vitória, Everaldo lembra do tempo que ficou fora de ação. Machucado, o jogador desfalcou o tricolor por três semanas e não participou das finais do Campeonato Baiano, quando o Esquadrão perdeu o título para o rubro-negro. Segundo o centroavante, apesar da ausência, o período fora foi importante para chegar bem preparado no Brasileiro.
“Eu tive uma lesão que fiquei três semanas fora, era para ficar mais tempo, mas consegui reduzir pela metade, e nesse tempo fora eu aproveitei para aprimorar outras coisas, a parte de força, parte física, isso me ajudou bastante. Ganhei mais massa muscular e perdi peso. Jogando a cada três dias você quase não treina, fica muito em viagem e hotel. Nessas três semanas eu aprimorei a parte física, estou me sentindo mais forte e ágil”, conta.
O gol no Ba-Vi fez o camisa 9 se aproximar dos principais artilheiros do time. Com quatro gols, ele está agora colado com Rafael Ratão, Oscar Estupiñan e Jean Lucas, que tem cinco cada. Thaciano, com sete, lidera o ranking de goleadores. A meta do centroavante agora é a de manter a boa fase para criar uma “boa dor de cabeça” no técnico Rogério Ceni.
“O nosso grupo é muito qualificado, na frente nós temos muitos jogadores, cada um dentro das suas características, e a cada jogo o professor Rogério e a sua comissão elegem os que vão ser titulares. Claro que tem alguns inquestionáveis, como o Cauly, Thaciano que vem em uma fase iluminada… sobram algumas vagas ali em ocasiões específicas. Eu lido com naturalidade, trabalho sempre para jogar, mas quem toma a decisão é o Rogério. É continuar trabalhando e quando tiver a oportunidade de ser titular, vou dar o meu melhor, seja marcando gols, dando assistências e ajudando lá atrás”, finalizou.
Fonte: Correio