A família do taxista Rogério Borges de Santana, de 60 anos, morto em Vera Cruz na última quinta-feira (16), clama por justiça e respostas sobre o episódio que tirou sua vida.
Rogério trabalhava como taxista há mais de 40 anos e foi vítima de uma emboscada enquanto transportava três passageiros na Ilha de Itaparica.
“Eu espero justiça. Não pode ficar assim. Tem que apurar, ver o que foi que aconteceu, qual foi a origem disso tudo. A gente não tem nem explicação, porque isso acontece com tanta frequência na sociedade. Não é só exclusividade da ilha, é na Bahia, é no Brasil inteiro. Tem que endurecer mais as leis”, desabafou Edmilson Santana, irmão da vítima.
Edmilson também destacou a dedicação do irmão ao trabalho e o impacto da perda para a família. “Família nenhuma merece passar por isso. Ele nunca imaginava que algo assim aconteceria. Era honesto, trabalhador. Um cara muito tranquilo”, lamentou.
Rogério transportava Jonathan Lopes, de 25 anos, e outros dois homens, Raimar Azevedo Balbino e Silas dos Santos, quando o carro foi alvejado por homens armados. Jonathan e Rogério morreram no local, enquanto Raimar e Silas conseguiram fugir e foram encaminhados ao Hospital Geral do Estado (HGE) e ao Hospital do Subúrbio.
De acordo com a Polícia Civil, Jonathan fazia parte de um grupo criminoso e foi identificado por membros de uma facção rival ao desembarcar no Terminal de Bom Despacho, no ferry boat.
A emboscada aconteceu logo no início do trajeto no táxi. O ataque incluiu dezenas de disparos, e o veículo chegou a capotar na rodovia.
A 19ª Delegacia Territorial (DT/Itaparica) investiga o caso, buscando identificar os envolvidos e a motivação exata do crime.