A Federação Única dos Petroleiros divulgou nesta segunda-feira (27) um posicionamento favorável à decisão do governo federal de taxar com alíquotas diferenciadas os combustíveis, como a gasolina (de origem fóssil) e o etanol. A medida integra a proposta de reoneração dos combustíveis, com o fim – na próxima quarta-feira (1º) – da desoneração total adotada no final da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A entidade afirmou que ela e os sindicatos filiados aprovam a mudança, mas enxergam no fim da política de preços de paridade de importação (PPI) a solução definitiva para o custo dos combustíveis na bomba.
“É crucial a necessidade de reformulação do PPI, conforme promessa de campanha do presidente Lula, e como tem defendido a FUP”, afirma o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar. O sindicalista destaca que a FUP sempre foi contrária à desoneração por entender que o processo de redução de preços passa, necessariamente, pelo fim do PPI.
“Não faz sentido algum que o Brasil, autossuficiente na produção de petróleo, com dois terços dos custos de extração em reais, e 85% dos combustíveis produzidos no país”, afirmou Bacelar, que fez parte do grupo de trabalho (GT) de Minas e Energia no gabinete de transição entre os governos Bolsonaro e Lula
A PPI foi criada em 2016, na gestão Michel Temer (MDB), e mantida no período de Bolsonaro (2019-2022). Por meio do dispositivo, os preços dos derivados cobrados pelas refinarias da Petrobras variam de acordo com as cotações do dólar no Brasil e do barril de petróleo no mercado internacional. (bahia.ba)