As regras do judô para a Olimpíada de Paris 2024 foram alteradas pela Federação Internacional da modalidade. Golpes foram proibidos e punições foram acrescentadas, o que gerou indignação da atleta Rafaela Silva, campeã olímpica em 2016, no Rio de Janeiro.
“Estão acabando com o judô. Seoi coreano não pode e pé na barriga, um golpe ridículo, tá liberado”, escreveu a judoca, em sua conta no Twitter.
O seoi coreano a que Rafaela se refere é o seoi nage invertido. A aplicação do golpe a partir de Paris terá como consequência uma penalização.
Além disso, o mergulho de cabeça no tatame foi banido, por ser considerado um golpe muito perigoso. O atleta que o praticar pode até ser desclassificado da luta.
Outra punição acrescentada é, no mínimo, peculiar. O atleta que ajeitar o kimono ou o cabelo em mais de uma ocasião receberá um shido. Usar cotovelos ou tocar as mãos simultaneamente no solo ao cair para trás também será passível de punição.
Segundo Vladmir Barta, diretor de esportes da Federação Internacional de Judô, as mudanças nas regras foram recomendações das instituições nacionais.
“Federação Internacional de Judô está trabalhando duro para modernizar o esporte que amamos com ajuda de nossos parceiros. As novas regras valem a partir do início de 2022 até 2024”, afirmou Barta.
O judô terá sua primeira competição com as novas regras a partir do dia 28 de janeiro. O Grand Prix de Odielvas durará três dias, e será disputado em Portugal. (BN)