O sistema ferry-boat vai deixar de existir após a construção da P0nte Salvador-Itaparica. A informação já havia sido dada publicamente em outras ocasiões por nomes como o secretário de Infraestrutura, Marcos Cavalcanti, e o ex-chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, e foi confirmada na manhã desta quinta-feira (12) pelo governador Rui Costa durante a assinatura do contrato para construção e operação do equipamento .
“Quem vai querer pegar o ferry tendo a ponte? Ninguém. Hoje você espera uma, duas, até quatro horas para fazer a travessia. Tendo a ponte, que vai atravessar em 15/20 minutos, quem vai ficar pegando ferry? Não faz sentido”, justificou o governador.
Ainda segundo ele, o uso de outras embarcações para fazer travessia para outros pontos da Baía de Todos os Santos vai permanecer. A estimativa é de que a obra da ponte seja iniciada em 12 meses, com conclusão em até quatro anos.
CUSTO DA PONTE
O governador garantiu também que vai deixar em caixa para o próximo gestor o valor de R$ 1,5 bilhão que o estado vai pagar ao consórcio chinês responsável pelo equipamento, como investimento na obra. De acordo com ele, a conta criada exclusivamente para realização do depósito deste recurso vai receber, já em 2020, R$ 50 milhões. Rui explicou de onde pretende tirar a quantia bilionária.
“Além dos R$ 50 milhões, no ano que vem, vamos colocar mais R$ 200 milhões e, depois, o valor inteiro restante. Para conseguirmos este valor, vamos retirar do orçamento propriamente dito e alienar bens do estado”, afirmou. Entre os bens que devem ser alienados, estão o Parque de Exposições, o antigo Centro de Convenções e a área do Detran
Além do R$ 1,5 bilhão, o governo baiano vai pagar ao consórcio chinês – formado por China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) – R$ 56,2 milhões em parcelas anuais como contraprestação pela administração do empreendimento.
Otimista, Rui avaliou que a ponte “se pagará sozinha”. “Essa ponte se pagará sozinha, em pouco tempo depois de construída. Ela vai gerar desenvolvimento urbano rápido, acelerado. E o trabalho só começa agora, pois, a partir de segunda, só temos duas frentes de trabalho a ser realizada”, disse.
“Uma é retirar qualquer obstáculo que se apresente na construção da ponte, estritamente falando. A segunda é abrir desenvolvimento na ilha, no Baixo-Sul, fazendo, em parceria com os prefeitos e prefeitas que serão eleitos e eleitas, de um plano de desenvolvimento, de urbanização, investimento forte em sistemas viários, saneamento, abastecimento de água e construção de residências, negócios, empreendimentos comerciais. Isso vai se refletir em aumento de empregos e arrecadação do estado. Esse projeto da ponte será o marco da entrada do investimento chinês no Brasil”, conjecturou. (Bahia Notícias)