Fila de espera por transplantes de órgãos no Brasil atinge 66 mil pacientes, aumento de 13% em 1 ano

axa de doadores efetivos no Brasil permanece abaixo da expectativa, com a recusa familiar como principal obstáculo para o aumento das doações

Foto: saúde.gov
Foto: saúde.gov

Até setembro deste ano, cerca de 66 mil pacientes estavam aguardando na fila para o transplante de órgãos no Brasil, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) nesta segunda-feira (11). O número representa um aumento de quase 13% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o total de pessoas na lista era de 58.908.

A crescente demanda por transplantes no país, no entanto, esbarra em um grande desafio: a baixa taxa de efetivação das doações. Conforme o boletim trimestral da ABTO, a taxa de doadores efetivos no Brasil é de apenas 20,3 por milhão de pessoas (pmp), um valor que está 3,3% abaixo da meta estabelecida.

A principal barreira para o aumento da taxa de doações é a recusa familiar, que responde por 45% dos casos em que os órgãos não podem ser doados. A resistência das famílias em autorizar a doação é um obstáculo persistente, impactando diretamente o número de doadores disponíveis. Em segundo lugar, com 18% dos casos, estão as contraindicações médicas, que impedem que os órgãos sejam viáveis para o transplante.

A situação reforça a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e a urgência em melhorar a taxa de doadores efetivos, a fim de reduzir o número de pacientes aguardando por um transplante no Brasil.

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