Filme de Bárbara Paz sobre Babenco é premiado no Festival de Veneza

Barbara Paz vai ao tapete vermelho com mensagem sobre Amazônia no Festival de Veneza, nesta segunda (2) — Foto: Reprodução/Instagram/BarbaraRaquelPaz
Barbara Paz vai ao tapete vermelho com mensagem sobre AmazôBarbara Paz vai ao tapete vermelho com mensagem sobre Amazônia no Festival de Veneza, nesta segunda (2) — Foto: Reprodução/Instagram/BarbaraRaquelPaz

O filme de Bárbara Paz sobre o cineasta Hector Babenco foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Veneza. “Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou” conquistou o Prêmio da Crítica Independente no 76ª edição do evento.

“Porque o cinema está filmando a memória, porque o cinema está contando a história daqueles que vivem, daqueles que viveram, porque o cinema está comemorando o amor, porque o cinema é amor” foi a justifica do júri para a entrega do prêmio.

“Eles entenderam tudo isso e estou muito emocionada. O cinema é amor”, comentou Bárbara após a conquista.

O filme ainda tem produção de Myra Babenco, Caio Gullane e Fabiano Gullane ao lado da atriz.

Em sua divulgação para o filme, Bárbara citava a inspiração para o filme. “O filme é um poema visual, minha ode a Hector. E também minha despedida dele. O filme revela através de meu olhar seu interior e seu amor pelo cinema, que o ajudou a mantê-lo vivo por muitos anos. Ele morreu como ele viveu, filmando até o fim”.

Hector Babenco, diretor argentino naturalizado no Brasil, morreu em 2016 após parada cardíaca. No longa em preto e branco, Bárbara documenta vida e morte do cineasta.

Hector Babenco em cena de "Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou” — Foto: Divulgação
Hector Babenco em cena de “Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou” — Foto: Divulgação

A sinopse do filme cita o último pedido de Hector para Bárbara:

“Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela” – disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista de sua própria morte.

Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, ele se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e fragilidade física que marcou sua vida.

Do primeiro câncer, aos 38 até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Tell me when I die é o primeiro filme de Bárbara Paz mas, também, de certa forma, a última obra de Hector – um filme sobre filmar para não morrer jamais”.

Protesto em Veneza

Durante exibição do longa “Martin Eden” em Veneza, Bárbara passou pelo tapete vermelho fazendo um protesto em favor da Amazônia. Em silêncio, a atriz seguravaum cartaz escrito “I am Amazônia”, reforçando o time de famosos que protestaram contra as queimadas e o desmatamento na região. (G1)

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