Fiocruz faz alerta para cenário crítico da pandemia no Sul e Centro-Oeste do país

Foto: André Az/Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta para cenário crítico e agravamento na saturação do sistema de saúde dos estados do Sul e Centro-Oeste do Brasil para as próximas semanas. O boletim informativo foi divulgado na última sexta-feira (9).

De acordo com o boletim, as próximas semanas deverão refletir a situação vivida pelas regiões entre o final de março e início de abril, quando os estados do Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso tiveram as maiores taxas tanto de casos como de mortalidade pela Covid-19 de todo o Brasil. Os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul também apresentaram apresentaram no período elevadas taxas de mortes.

“Esse padrão coloca as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados”, informa a Fiocruz.

De acordo com o G1, o boletim destaca a situação do Rio Grande do Sul, que, pela primeira vez desde o início da pandemia, entrou para a lista dos estados com as maiores taxas de letalidade: sua taxa de letalidade atual é de 4,1%, a segunda maior do país, atrás apenas do Rio de Janeiro (6,2%).

Quanto às taxas de ocupação do sistema de saúde, até o dia 5 de abril, 19 estados mais o DF estão com taxas de ocupação dos hospitais superiores a 90%. No que diz respeito apenas aos leitos de UTI Covid, 21 estados estão com taxas de ocupação superiores a 90%.

Mortes entre os jovens
Ainda segundo a publicação, o boletim também fez um alerta para o expressivo aumento de mortes e casos da Covid entre adultos entre 30 a 59 anos nessas regiões.

Entre a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro de 2021) e a 12 (21 a 27 de março), houve um aumento de casos de:

30 a 39 anos: aumento de 1.218,33%;
40 a 49 anos: aumento de 1.217,95%;
50 a 59 anos: aumento de 1.144,94%.
Também houve aumento de mortes neste mesmo período entre os mais jovens:

20 a 29 anos: aumento de 872,73%
30 a 39 anos: aumento de 813,95%;
40 a 49 anos: aumento de 880,72%;
50 a 59 anos: aumento de 877,46%.

(bahia.ba)

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