O pregador Benny Hinn falou sobre seus arrependimentos em relação a seu ministério ao longo de décadas, e disse que fez previsões sob o rótulo de “profecias” que não eram “precisas” ou necessariamente vieram “do Senhor”.
Em entrevista a um podcast, Benny Hinn também reiterou seu arrependimento por promover a “teologia da prosperidade”, algo que ele já havia externado há cinco anos.
“As duas coisas das quais mais me arrependo no ministério: muitas vezes não fui muito sábio com a profecia […] e houve momentos em que pensei que Deus tinha me mostrado algo que Ele não estava me mostrando. E eu falei isso”, disse o pregador de 71 anos a Stephen Strang, fundador da revista Charisma News.
“Recebi convidados para as cruzadas que acho que prejudicaram não apenas a vida das pessoas, mas também a minha reputação, porque suas profecias não eram realmente profecias. Eles saíram das fronteiras da redenção”, lamentou Benny Hinn, estendendo sua preocupação às coisas que foram ditas em eventos que ele era o responsável.
Sobre sua imprecisão ao profetizar, Hinn ponderou que “em 1 Coríntios 13, vemos claramente que todos nós profetizamos em parte”, e que naturalmente – em sua interpretação das Escrituras – isso o levaria a algum grau de ineficiência.
“Isso significa que não vemos o quadro completo. E, infelizmente – e eu gostaria de poder voltar atrás e consertar isso – houve algumas profecias que eu dei que não eram precisas ou não eram do Senhor”, enfatizou.
Perdão
Consciente de seus erros, o famoso pregador não se estendeu nas justificativas e foi direto ao ponto: “E por isso, é claro, peço às pessoas que me perdoem. Sou apenas humano e cometi erros como esse. E provavelmente farei isso de novo, suponho, no futuro, porque não sou perfeito”.
“Mas você sabe, é triste quando as pessoas se concentram nos momentos em que você perdeu. Mas é assim, você sabe, do jeito que as coisas são. No entanto, houve momentos em que não senti falta”, afirmou Hinn.
Os ensinamentos sobre a teologia da prosperidade, ao longo de décadas, são também outro ponto que causam arrependimento ao pregador, que nasceu em Israel e tem cidadania Américo-canadense: “Isso tem sido muito difícil para mim. Quando comecei no ministério, era simples. E então o ministério cresceu. […] Acho que foi aí que meus problemas começaram. Não culpo ninguém, mas infelizmente você chega a um lugar onde fica difícil. Você não sabe o que fazer e como sair dessa”.
“Cheguei à conclusão em 2019 de que não quero fazer parte desse artifício e ainda mantenho isso. Mas, infelizmente, deixei a pressão tomar conta de mim e, por causa dessa pressão, disse e fiz coisas que não deveria ter feito. E por isso, realmente, sinto muito, e peço às pessoas queridas que nos assistem que realmente me perdoem por isso. E estou me esforçando de todo o coração para ser o mais bíblico possível com isso”, sublinhou.
A força para o arrependimento público vem de quebrantamento: “No momento, meu foco é o Senhor e somente o Senhor. E se, é claro, chegar o momento em que eu tenha que arrecadar fundos para o nosso ministério, farei isso da maneira mais bíblica que puder – e equilibrada”, finalizou, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Via Gospel Mais / por Tiago Chagas