A compra de salas comerciais pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve o uso de R$ 86,7 mil em dinheiro vivo no período em que ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). É o que revelam as construtoras envolvidas na operação e o próprio Flávio em depoimento prestado ao Ministério Público do Rio (MP-RJ).
De acordo com a suspeita do órgão estadual, o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio começou em 2008 e durou até 2018, sendo que apenas nos três primeiros meses, o filho de Jair Bolsonaro comprou dez salas comerciais em valor superior a R$ 2,6 milhões, tendo vendido os imóveis por R$ 3,16 milhões.
Em depoimento prestado ao MP-RJ no dia 7 de julho, Flávio afirmou que pagou R$ 86,7 mil em dinheiro vivo na compra das salas. Ainda segundo o senador, ele pediu o montante emprestado ao pai e a um dos irmãos.
“Eu saí pedindo emprestado para o meu irmão, para o meu pai, eles me emprestaram esse dinheiro. Tá tudo declarado no meu imposto de renda, que foi comprado dessa forma (por meio de empréstimo). Depois eu fui pagando a eles esses empréstimos. Acho que o Jorge (Oliveira), que era chefe de gabinete do meu pai, também me ajudou”, disse.
O promotor também questionou como Flávio pagou aos familiares: “Era em espécie, em dinheiro. Como era em família, não lembro agora exatamente como foi feito. Se foi parcelado ou uma vez só”, disse. (BNews)