Gleisi nega ataque à Justiça Eleitoral e diz que foi mal compreendida

Presidente do PT afirmou que sua fala foi descontextualizada, mas reitera críticas a Corte

Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE

A presidente do PT Gleisi Hoffmann negou que tenha pedido o fim da Justiça Eleitoral durante debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Anistia, na Comissão Especial que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo a deputada federal, a sua fala “foi mal compreendida” e que, na ocasião, ela questionou a existência da Corte.

“Não pedi o fim da Justiça Eleitoral, fui mal compreendida, minha fala foi descontextualizada e mal compreendida dentro do debate de uma proposta que dá anistia aos partidos políticos, das multas, prestação de contas e do processo eleitoral”, disse Gleisi, em entrevista coletiva no Recife.

Durante votação da PEC, Gleisi criticou a atuação do TSE no país afirmando que o tribunal tem aplicado multas inexequíveis aos partidos, ameaçando a democracia, e chegou a classificar como “absurda” a existência de cortes especializadas em eleições. Confira:

Durante conversa com jornalistas, a presidente do PT nacional alegou que fez apenas “uma crítica dura especialmente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral”. Segundo a parlamentar, o corpo técnico da Corte “não se atém aos aspectos técnicos da prestação de contas, coloca a vontade, faz interpretações e fere jurisprudência”.

Na oportunidade, Gleisi rechaçou as críticas aos custos com os processos e afirmou que esse debate precisa ser feito dentro do sistema democrático.

“A Justiça Eleitoral custa três vezes mais que a campanha eleitoral. Numa democracia, qualquer instituição é passível de críticas. Esse debate é salutar. Temos uma Justiça Eleitoral que custa nove vezes o que custa o sistema partidário.”

Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, as falas da petistas são “errôneas e falsas”. Em nota, o ministro frisou que a Justiça Eleitoral continuará a “combater aqueles que são contrários aos ideais constitucionais” e as “forças que não acreditam no Estado democrático de Direito”.

(A Tarde)

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