A perseguição religiosa aos cristãos que vivem na China está avançando rapidamente. Na tentativa de barrar o crescimento do cristianismo no país, o regime comunista tem implementado novas medidas, sendo uma delas o pagamento de 72,80 dólares (mais de R$ 400,00 na cotação atual) por fotos ou vídeos capazes de comprometer os seguidores de Cristo que vivem a fé em segredo.
Segundo informações da organização Portas Abertas, a medida foi tomada pelas autoridades do Escritório de Assuntos Étnicos e Religiosos do condado de Gushi. A ideia dos agentes é incentivar a população local a denunciar práticas cristãs consideradas ilegais pelo governo de Pequim.
“Em agosto, um acampamento cristão em Henan foi interrompido quando funcionários do governo invadiram o local e determinaram que as atividades que estavam acontecendo eram ilegais”, informou a Portas Abertas.
Perseguição tecnológica
Além dos incentivos financeiros, outra medida que vem acirrando a perseguição religiosa contra os cristãos na China é a implementação de recursos tecnológicos de monitoramento.
Das 20 cidades mais monitoradas do planeta, 18 se encontram na China, país que concentra mais da metade de todas às câmeras de vigilância existentes no mundo, segundo a Portas Abertas.
Por causa disso, os cristãos sofrem perseguição não apenas fisicamente, mas também virtualmente, algo que poderá ficar mais acirrado conforme o governo for utilizando novos recursos de controle e monitoramento, como a biometria.
“À medida que a rede de vigilância fica mais apertada, os cristãos – particularmente aqueles pertencentes a igrejas não registradas – terão muito mais dificuldade de se reunir, mesmo em pequenos grupos, não importa se digitalmente ou no mundo real”, disse Thomas Muller, analista de perseguição da Portas Abertas.
Diante deste cenário, a Portas Abertas pede para que os cristãos no mundo inteiro intercedam pelos irmãos chineses, especialmente pelos líderes do país, a fim de que eles sejam alcançados pelo Evangelho de Jesus Cristo.
“Clame pelas pessoas que estão denunciando as atividades cristãs, para que elas sejam impactadas por Jesus e testemunhem o verdadeiro amor do pai”, pede a entidade.
por Will R. Filho – Gospel +