Governo da BA teme retorno do público aos estádios, mas deve dar posição até segunda

Foto: Japan Sport Council/Divulgação

As discussões para o retorno do público aos estádios na Bahia travaram após o governo do estado ter observado com temor as cenas de aglomeração registradas na partida entre Atlético-MG e River Plate, no dia 18 de agosto, pelas quartas de final da Libertadores. Na ocasião, a prefeitura de Belo Horizonte liberou a liberação de 30% do Mineirão para recepção do público.

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Davidson Magalhães, o episódio freou as discussões sobre o retorno do público aos estádios baianos.

“Essa conversa arrefeceu bastante depois daquela reação que houve lá em Belo Horizonte, no jogo do Atlético. E que demonstrou que ainda estamos com um caminho muito longo a perseguir antes desta abertura”, pontuou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Ele, no entanto, não descartou a possibilidade de haver o retorno em 11 ou 12 de setembro, período estipulado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que setores de estádios sejam reabertos na Bahia e em outros estados. “Estamos aguardando para estudar melhor. Até segunda devemos ter uma posição sobre isso para saber se, no returno, por volta do dia 11, haverá o retorno do público”, adiantou.

De acordo com Davidson, um ofício seria enviado ainda nesta quinta-feira (2) à Federação Bahiana de Futebol (FBF) para comunicar a posição do governo estadual sobre o assunto.

A possibilidade de retorno dos torcedores às praças esportivas foi divulgada pelo próprio Davidson ao BN no dia 16 de agosto, dois dias antes da vitória por 3×0 do Atlético-MG sobre o River, que culminou no avanço do clube mineiro à semifinal da principal competição sul-americana.

O prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PSD) – ex-presidente do clube -, demonstrou irritação com os episódios de desrespeito às medidas sanitárias de prevenção à Covid-19. Ao G1, o gestor disse que o evento “não passou no teste” e não vai se repetir no mesmo molde.

“Quem pode colaborar não colabora. Não foi isso que foi combinado. Eu vi torcida organizada lá que, pelo preço do ingresso, não poderia estar lá, e eu não tenho o menor receio de voltar tudo para trás. Estão enganados quem acha que ‘é o Atlético, ele não vai fazer’. Não vai fazer, uma ova. Fizeram um desaforo e um desrespeito ao prefeito de Belo Horizonte”, criticou, à época.

Após a partida, a prefeitura da capital mineira proibiu a presença do público nos estádios da cidade. (BN)

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