Para enfrentar o aumento de casos e óbitos por Dengue, Chikungunya, Zika e Oropouche, o Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (18), um plano de ação voltado à redução dos impactos das arboviroses no Brasil. O documento foi elaborado com a colaboração de pesquisadores, gestores e profissionais de saúde que atuam nas comunidades, destacando a importância de atender as regiões com maior vulnerabilidade social. Roberta Santana, secretária da Saúde da Bahia, enfatizou que o estado já enfrentou uma alta de casos de dengue e que as experiências adquiridas foram compartilhadas no desenvolvimento deste plano.
Até 14 de setembro de 2024, a Bahia registrou 231.871 casos prováveis de dengue, resultando em 143 óbitos, com 19 municípios em situação de epidemia. Além disso, foram notificados 15.712 casos de chikungunya e 1.067 de zika, sem mortes relacionadas a esta última.
O plano, elaborado pelo Ministério da Saúde, baseia-se em evidências científicas recentes e novas tecnologias, e estabelece um pacto nacional para o combate a essas doenças. As ações serão coordenadas em colaboração estreita com estados, municípios e diversas instituições.
As iniciativas se concentrarão em seis eixos principais, a serem implementados no segundo semestre do ano, período propício para o aumento de casos:
- Prevenção
- Vigilância
- Controle vetorial
- Organização da rede assistencial e manejo clínico
- Preparação e resposta a emergências
- Comunicação e participação comunitária
A secretária Roberta Santana destacou a importância do eixo dedicado à organização da rede assistencial, que inclui a atualização de protocolos clínicos e a capacitação das equipes, além de um mutirão para cirurgias em crianças afetadas por Zika.
O anúncio do plano ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde Nísia Trindade e da secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.