Governo teme que embargo à Venezuela aumente preço de combustível no Brasil

Jair Bolsonaro discutiu nesta 4ª (1º.mai.2019) a situação na Venezuela com ministros no Ministério da Defesa / Foto: Tereza Sobreira/Ministério da Defesa - 1º.mai.2019

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta 4ª feira (1.mai.2019) de reunião no Ministério da Defesa para tratar da crise na Venezuela. Após o encontro, mostrou preocupação com a possível aplicação de sanções dos Estado Unidos contra o país.

“Com embargos, o preço do petróleo a princípio sobe. Precisamos nos preparar, dada a política da Petrobras de não-intervenção de nossa parte, mas poderemos ter 1 problema sério dentro do Brasil como efeito colateral do que acontece lá”,declarou.

De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, compareceram também o ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e os comandantes do Exército, Edson Leal Pujol, da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez.

Na 3ª feira (30.abr), o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, convocou as Forças Armadas e a população para apoiar a fase final da chamada Operação Liberdade, com o objetivo de retirar Nicolás Maduro do poder. Os atos a favor de Guaidó continuam nessa 4ª.

Bolsonaro disse que o governo brasileiro não trabalha com a hipótese de apoiar uma intervenção militar na país da América do Sul.

“Essa possibilidade é próxima de zero, não existe isso. Outros atores estão neste circuito, Estados Unidos, Russia. Estamos preocupado porque tem 1 reflexo,assinamos a medida provisória esses dias, da Operação Acolhida para que Roraima não entre em 1 caos”.

De acordo com o presidente, apesar do governo ter sido orientado a aceitar o asilo de 25 militares venezuelanos, as informações recebidas é que eles não conseguiram chegar a embaixada do Brasil na Venezuela.

“Temos visto na Venezuela por parte da ditadura do Maduro é que existe também cordões de isolamento para que não chegue na embaixada com muita facilidade”, disse Bolsonaro.

Ao falar sobre o apoio militar a Guaidó, o presidente contrariou o que disse ministro Augusto Heleno e afirmou que há possibilidade de ele conseguir aliados no alto comando das Forças Armadas.

“Existe uma fissura que cada vez mais aproxima da cúpula das Forças Armadas. Existe a possibilidade de o governo ruir pelo fato de alguns da cúpula passarem para o outro lado”.

Poder 360º

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