Para progredir na carreira enquanto professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), um educador geralmente espera, no mínimo, um ano – apesar de realizar concursos internos e receber a aprovação. Isso porque, segundo a categoria, os processos são aprovados pela instituição, mas ficam parados na Secretaria de Administração do Estado (Saeb). A pauta é a principal reivindicação dos professores, que fizeram um protesto em frente à Secretaria de Educação (SEC) nesta terça-feira (15).
A carreira do professor da Uneb tem cinco níveis: auxiliar, assistente, adjunto, titular e pleno. Cada nível possui dois segmentos, A e B. Quando o professor é promovido de uma classe para outra, ele tem um aumento entre 16% e 18%, a depender do nível e do segmento. Para a professora Ronalda Barreto, que é docente da instituição desde 1990 e ex-coordenadora da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), a estagnação dos processos fere a autonomia da unidade de ensino.
“A universidade tem autonomia administrativa e financeira. Os nossos processos têm que se esgotar no interior da universidade, que é autônoma. É uma autarquia. É financiada pelo estado, mas o estado não pode ter ingerência sobre a vida acadêmica”, disse.