Gripe aviária: Japão vai ajustar protocolo de suspensão a importações

Restrição será aplicada a municípios onde houver focos da doença

Foto: Wikimedia/ Cesar Augusto Chirosa

O Japão ajustará o protocolo, relacionado à gripe aviária, de suspensão de importação de frango e ovos produzidos no Brasil. A restrição será aplicada apenas aos municípios onde houver detecção de focos da doença e não mais ao estado todo.

Nesta sexta-feira (28), em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que a medida dura até o cumprimento do protocolo sanitário para que o mercado seja reaberto. O Japão suspendeu a compra de aves vivas e de carne de aves produzidas no Espírito Santo e Santa Catarina, após focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves em fazendas não comerciais.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, está em missão ao Japão e Coreia do Sul e se reuniu, especialmente, com representantes do governo japonês para reafirmar as medidas de segurança sanitária na produção brasileira.

O Mapa destacou que o Brasil continua livre de gripe aviária para aves comerciais. O país é líder nas exportações de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global. Do total de 2,629 milhões de toneladas exportadas pelo país entre janeiro e junho deste ano, o Japão foi o destino de 219,8 mil toneladas.

“O Brasil segue sendo um dos únicos do mundo a manter o status de livre da IAAP em granjas comerciais conforme o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). No entanto, após a detecção de focos em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, o Japão decidiu suspender temporariamente as importações dos produtos oriundos destes estados, conforme prevê o protocolo japonês”, explica a nota.

No caso de Santa Catarina, que é o segundo maior exportador de frango do país, o foco em ave de subsistência foi detectado no município de Maracajá, próximo ao litoral e, de acordo com o Mapa, já foi encerrado. A propriedade foi interditada pelo Serviço Veterinário Oficial, as aves foram sacrificadas e as carcaças, destruídas e enterradas.

Mas, segundo o protocolo japonês, é necessário aguardar um prazo de 28 dias para enviar o relatório para a análise da autoridade sanitária japonesa a fim de retomar a exportação. Agora, o Mapa espera que, com essa sinalização do governo japonês em concordar com fazer a zonificação da suspensão, seja possível retomar o mercado antes desses 28 dias, pois a restrição passaria a ser aplicada somente a Maracajá, liberando as demais localidades de Santa Catarina.

No caso do Espírito Santo, a ocorrência da IAAP não afetou o mercado brasileiro porque o estado não vende para lá. (bahia.ba)

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