Nesta terça-feira (16), o primeiro-ministro cabo-verdiano Ulisses Correia e Silva afirmou que a pena de morte na Guiné Equatorial será abolida até ao final do ano. A informação foi dada para ele através do Presidente equato-guineense, em visita oficial a Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas no final de uma visita de cortesia ao chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que está instalado num hotel da cidade da Praia, onde recebeu o primeiro-ministro cabo-verdiano. No final do encontro, o chefe do Governo de Cabo Verde parabenizou a decisão.
“O presidente [Teodoro Obiang] assegura que o conjunto de reformas institucionais para tornar a Guiné Equatorial um Estado democrático respeitado será implementado, o que é uma boa notícia para Cabo Verde e para a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]”, adiantou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, o diálogo com Teodoro Obiang incluiu uma conversa sobre “os esforços e investimento necessários na língua portuguesa, tendo em conta que a Guiné Equatorial é um país da CPLP”.
“Há um engajamento reforçado, ao nível da possibilidade de existirem professores cabo-verdianos ou portugueses na Guiné Equatorial, conforme as possibilidades desse país”, referiu o primeiro-ministro de Cabo Verde, país que assume este ano a presidência rotativa da CPLP.
Está ainda sendo analisada a possibilidade de estudantes da Guiné Equatorial frequentarem cursos em Cabo Verde, através de uma parceria especial que vai ser desenvolvida com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP).
Para Ulisses Correia e Silva, estes são “progressos evidentes” que a Guiné Equatorial está fazendo. “Há uma declaração inequívoca [sobre a abolição da pena de morte] do Presidente da República da Guiné Equatorial, um prazo fixado. Tudo aponta que será concretizado ainda este ano. E além disso, outras reformas de natureza política se seguirão”, declarou. (Noticias ao Minuto)