Enquanto o povo argentino ainda chora a morte do ídolo, de quem espera guardar somente a saudade e as boas recordações deixadas nos gramados, o entorno mais próximo de Diego Maradona se prepara para tratar do legado mais palpável do craque. Advogado de Don Diego, Matías Morla tem agora a missão de discutir com a família a partilha da herança do eterno camisa 10 da seleção argentina.
Maradona tem cinco filhos reconhecidos, com quatro mulheres. Com a primeira esposa, Claudia Villafañe, ele teve Dalma e Gianinna; em 2013, nasceu Diego Fernando, filho de Verónica Ojeda; no ano seguinte, assumiu oficialmente mais uma filha, Jana, que teve em 1996 com a italiana Valeria Sabalain; e em 2016, em outro reconhecimento judicial, filiou a Diego Sinagra Maradona, também fruto de um relacionamento que teve na Itália, com Cristina Sinagra.
No entanto, tramitam na Justiça seis processos de paternidade envolvendo Maradona: os cubanos Javielito, Lu, Johanna e Harold, e os argentinos Santiago Lara e Magalí Gil, todos com idade entre 19 e 24 anos. Além das mães de seus filhos, Maradona também teve um relacionamento com a jornalista Rocío Oliva, de quem se separou em 2019, após seis anos juntos
Segundo reportagem do jornal argentino “Clarín”, o patrimônio do campeão mundial de 1986 incluía, pelo menos, cinco fazendas na grande Buenos Aires, diversos carros de luxo, incluindo uma caminhonete anfíbia, e muitas joias, entre elas um anel de brilhantes avaliado em 300 mil euros (R$ 1,9 milhão), presente que ele recebeu na Bielorrússia e costumava usar no banco de reservas, quando dirigia o Gimnasia y Esgrima.
A avaliação total da fortuna de Maradona, no entanto, é um mistério. Um estudo do portal “Celebrity Net Worth”, especializado na economia de famosos de diversas áreas, citado pela reportagem do “Clarín”, indica um patrimônio total de 500 milhões de dólares (R$ 2,6 bilhões), a partir dos vencimentos gerados ao longo da carreira e dos patrocínios milionários firmados após deixar os gramados. Há, no entanto, divergência sobre os valores, que poderiam ser de, no máximo, 100 milhões de dólares (R$ 531 milhões). (G1)