Homem denuncia Hospital de Santo Antônio de Jesus por homofobia

Um homem de 29 anos relatou ter sido vítima de homofobia no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia,  enquanto realizava  uma cirurgia. De acordo com a vítima, uma instrumentador mandou o médico fazer exames ao se cortar, porque pessoas gays fazem sexo oral.

O homem, que preferiu não ter a identidade revelada por medo de represálias, sofreu um acidente de trânsito no dia 26 de junho, na cidade de Valença. Ele foi socorrido e levado para o hospital com fraturas no cotovelo e tornozelo.

Ele precisou na unidade passar por alguns procedimentos cirúrgicos. O homem informou que foram cirurgias desconfortáveis e desgastantes, onde ele estava acordado e sentiu bastante dor.

Denúncia

O homem ainda contou que, durante o procedimento cirúrgico, a profissional fazia comentários pejorativos e insultos homofóbicos, além de mostrar um comportamento grosseiro em referencia à sexualidade dele.

“O que mais me incomodou em toda essa situação foi ter que ouvir piadas, sendo tratado de forma grosseira, ouvir insultos homofóbicos, partindo de uma instrumentador do médico que estava ali”, disse.

O homem ainda informou que, no momento em que ouviu os insultos, não esboçou uma reação para não prejudicar os procedimentos cirúrgicos. Ele disse também que decidiu esperar o pós-operatório para procurar a polícia e fazer a ocorrência, que foi feita nesta quinta-feira, 4.

Teve um momento da cirurgia que eu, sentindo dor, gritei ‘ai’ e ela falou ‘aprenda a gritar o seu ai’, de forma grosseira comigo”, contou.

“Quase no finalzinho da cirurgia o médico se furou com alguma coisa, um objeto perfurocortante, se acidentou com algum objeto da cirurgia. Aí ela  falou com o médico que para ele procurar fazer exame ‘porque esse povo que dá o **’ e aquilo me deixou super indignado”, completou.

Nota do HRSAJ

O Hospital Geral de Santo Antônio de Jesus informou ,em nota, que não aceita conduta que fira a dignidade dos pacientes. Também afirmou que considera a discriminação inaceitável e disse que realiza periodicamente treinamentos com a equipe para evitar que esse tipo de fato ocorra.

Ainda de acordo com o hospital, uma sindicância foi aberta para investigar a denúncia e se colocou à disposição do paciente para maior elucidação do caso. (Atarde)

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