Influenciador e empresário Ricardo Godoi morre após anestesia para fazer tatuagem nas costas

Empresário era conhecido por atuar no ramo de carros de luxo em Balneário Camboriú

Ricardo Maciel Preto de Godoi, de 46 anos, influenciador digital e empresário do setor de automóveis de luxo, faleceu na segunda-feira (20) após receber anestesia geral para fazer uma tatuagem nas costas. O caso aconteceu em um hospital de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, antes mesmo de o procedimento artístico ser iniciado.

Conhecido nas redes sociais como Ricardo Godoi, o empresário acumulava mais de 200 mil seguidores em conteúdos voltados para veículos personalizados.

Pai de quatro filhos e CEO da Godoi Group, ele era descrito pelos amigos como um marido exemplar e um homem que transmitia energia positiva. “Transbordava energia onde chegava, muito amado pelas crianças”, declarou o amigo Ricardo Portes, que teve o apoio de Godoi para ingressar no mercado de carros de luxo.

Godoi sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a sedação e intubação realizadas por um anestesista. De acordo com o estúdio de tatuagem, o empresário foi atendido por um cardiologista chamado às pressas, mas as tentativas de reanimação não tiveram sucesso.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as causas da morte e deve ouvir testemunhas, incluindo o anestesista e os responsáveis pelo estúdio de tatuagem.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Santa Catarina informou que não há restrições para anestesia geral em procedimentos como tatuagens, desde que realizada por um profissional habilitado e em ambiente adequado. Também é necessário um termo de consentimento assinado pelo paciente ou responsável legal.

O que disse o estúdio de tatuagem

“Primeiramente o Studio de Tatuagem lamenta profundamente o falecimento do Ricardo, que além de cliente era um grande amigo do proprietário do Studio. Esclarecemos que o Ricardo iria fazer conosco um fechamento de costas com anestesia geral, sedação e intubação. Para isso contratamos um hospital particular com toda equipe, equipamentos e drogas anestésicas necessárias para a segurança do procedimento. Contratamos também um médico com especialização em anestesiologia e experiência em intubação, que teve sua documentação aprovada pelo hospital.

Foram solicitados previamente exames de sangue, que não apontaram nenhum risco explícito a realização do procedimento. O Ricardo assinou o termo de consentimento de risco do procedimento. O que ocorreu é que no começo da sedação e intubação ele teve uma parada cardiorrespiratória, que ocorreu antes mesmo de começarem a tatuarem ele, que foi verificado rapidamente e chamado um cardiologista para tentar reanimar ele, infelizmente sem sucesso”.

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