O inspetor do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de Santo Antônio de Jesus, Carlos Canuto, esteve no programa Meio-Dia e Meia, Live do Voz da Bahia desta quarta-feira (14), e falou sobre a polêmica do Atakadão Atakarejo para o município.
Inicialmente, Carlos aponta que tanto a prefeitura quanto outros órgãos responsáveis deveriam solicitar da empresa solução para futuros desconfortos caso fosse instalada no local escolhido que a princípio está programado para a Avenida Ursicino Queiroz, “o problema do trânsito de Santo Antônio de Jesus não é o Atakarejo em si, qualquer empreendimento que vier para aquele lugar automaticamente vai criar congestionamentos. Essa situação já existe e o que precisamos fazer, na verdade, como engenheiros e especialistas na área, é da mobilidade a isso”, diz.
Ainda se tratando de avanço nos empreendimentos, Carlos exemplifica Valença e Cruz das Almas como dois municípios que tem investimento e comércio inferior ao de Santo Antônio de Jesus, contudo, a população dessas cidades não vem usufruir, “nosso município parou de dar aquilo que é dito todo dia: ‘o comércio mais barato da Bahia’. Como é que é o mais barato se não conseguimos trazer às empresas? Precisamos buscar soluções para criar mobilidade, independentemente disso, para que desenvolva a cidade para fora”, pontuou.
Canuto reforça que é preciso que o município saia da mesmice e do perímetro urbano, “como cidadão quero que essa empresa venha assim como outras e se utilizem de outros espaços, como por exemplo, o campo do Botafogo; temos que pensar no que iremos fazer com aquela área e não o que está sendo feito hoje. Vamos para as mídias trazer soluções e não criar situações com as que estão sendo feitas. Sei que vou ser criticado. Moro em Santo Antônio de Jesus, trabalho, gosto daqui, pago os meus encargos, mas não quero ficar no ponto de vista que me atrapalha futuramente. Sou tranquilo. O que acho é que esse empreendimento pode sim vir para Santo Antônio, tendo adequação dentro do projeto para abranger a necessidade de todos. Ninguém pode querer que venha um empreendimento que não cause algum impacto, tudo isso se resolve. Vamos pensar no crescimento de Santo Antônio de Jesus”, explica.
Sobre a entrada de caminhões para cargas e descargas, Carlos relata que o município pode determinar como a empresa deve funcionar,” sei que ali tem moradores como Clube do 100. Lembro que algum tempo atrás tinha essa conversa de nunca ter área comercial dentro daquele bairro e hoje o Clube dos 100 está se tornando comercial. Lembrando, que não estou defendendo ninguém, não tenho nenhum contrato com o grupo Atakarejo, então reforço que em relação ao estacionamento de caminhões não está no projeto da implantação da loja”, relata.
O inspetor garante que o plano da vinda do Atakarejo é amplo e com muitos detalhes que necessita de um estudo criterioso, “o que acho é que é preciso ser feita uma apresentação direta da empresa mostrando a sociedade como seria essa instalação e tirar essas dúvidas. O que estou falando, o que os colegas estão dizendo é: devemos conhecer aquilo que é a realidade proposta pela empresa. Nós só estamos lendo, mas é bom que possamos vir e fazer uma explanação para a sociedade e argumentar como seria o funcionamento do empreendimento”, ponderou.
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Reportagem: Voz da Bahia