Ampliar os investimentos públicos no combate aos diferentes tipos de hepatite viral salvaria a vida de 4,5 milhões de pessoas nos próximos 11 anos, segundo uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em preparação para o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, neste domingo (28), especialistas da OMS publicaram um estudo afirmando que seria preciso investir um total de R$ 222 bilhões para que, até 2030, a hepatite viral deixe de ser uma ameaça de saúde pública em 67 países vulneráveis, de renda média e baixa. A estimativa foi publicada na revista “Lancet Global Health”, na sexta-feira (26).
Isso significaria que esses países teriam que investir, juntos, R$ 23 bilhões ao ano no combate à hepatite para reduzir as novas infecções em 90% e as mortes, em 65%.
Essa meta é oficialmente apoiada por todos os países membros da OMS, inclusive o Brasil. Dos 150 países membros, mais de 40% não têm um plano para eliminar a hepatite.
Existem cinco tipos de infecções virais que causam hepatite: A, B, C, D e E. As mais comuns são dos tipos A, B e C.
- A hepatite A é a mais leve, tem cura, e pode ser prevenida com vacina;
- A hepatite B tem vacina, mas não tem cura. O tratamento pode anular a ação do vírus;
- A hepatite C não tem vacina, mas tem grande chance de cura. Toda a medicação deve ser fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — mas isso nem sempre ocorre efetivamente .
Segundo a OMS, mais de 95% das mortes causadas por hepatite são infecções das variações B e C. Os tipos A e E raramente provocam doenças graves e a hepatite D é uma infecção que ocorre em pessoas que já vivem com a hepatite B.