Autoridades iranianas restringiram o acesso à internet para sites estrangeiros em diversas partes do país. Citando uma fonte do Ministério das Comunicações e da Tecnologia da Informação, a agência iraniana Ilna informou que a intervenção foi ordenada por “autoridades de segurança” e algumas cidades, como Shiraz, Tabriz e Karaj, foram afetadas.
A pasta, por sua vez, negou que recebeu ordens para cortar o acesso à internet no país – de acordo com o chefe do departamento de mídia do Ministério da Informação, Jamal Hadian, as notícias são “falsas”. O serviço de monitoramento de internet NetBlocks, contudo, informou pelas redes sociais uma queda no uso.
O país vem enfrentando protestos desde novembro em decorrência ao encarecimento da gasolina. Segundo a Anistia Internacional, mais de 300 pessoas morreram e outras 7 mil foram detidas durante as manifestações.
Nos últimos dias, uma investigação da agência Reuters, baseada em entrevistas com autoridades anônimas do Ministério do Interior, estabeleceu o número de mortos em cerca de 1,5 mil.
Mesmo com o bloqueio de internet, alguns vídeos de uma cerimônia em que centenas de pessoas compareceram ao cemitério Behesht-e Sakineh, em Karaj, no oeste de Teerã, para homenagear Pouya Bakhtiari – um dos muitos manifestantes mortos em novembro passado em repressão aos protestos – circularam nas redes sociais.
As imagens mostram os participantes correndo pelo cemitério, perseguidos por agentes que realizaram algumas prisões, enquanto ouvem o slogan “morte ao ditador”.
(Com agências de notícias)