Que o sexo serve para trazer prazer aos envolvidos não é novidade. Mas, ainda que raro, há quem já tenha relatado sentir o oposto de prazer após uma transa – e não tem nada a ver com o(a) parceiro(a) ter mandado mal.
Não é comum, mas o enjoo pós-sexo pode acontecer. De acordo com o urologista e sexólogo Danilo Galante, o mecanismo do enjoo pós-sexo é parecido com o do que acontece depois que se pratica um exercício físico muito intenso.
“A descarga de endorfina aumenta o metabolismo, acelera o coração e aumenta a pressão arterial. A frequência cardíaca acelera demais durante a relação sexual, e passar por isso em jejum ou sob tensão, por exemplo, pode desencadear em um mal estar”, explica.
Ainda segundo Danilo, é tão verdade que o coração é exigido no “rala e rola”, que cardiopatas com quadros clínicos graves são instruídos a evitar o sexo. “Eles têm risco de infartar tal qual eles teriam se corressem em uma esteira”, garante.
Caso o enjoo aconteça, também vale ficar atento às “estripulias” feitas na cama momentos antes. Se o sexo por si só já é considerado uma atividade física, quem dirá uma transa selvagem. Sem contar com outras questões, como engolir sêmen – não dá para culpar o estômago por talvez reagir a isso.
Mas o especialista assegura: não há razão para pânico. A sensação de mal estar é rápida e deve durar no máximo alguns minutos. “Não precisa se medicar, costuma passar sozinho. Se estiver em jejum, basta comer algum carboidrato ou doce”, indica.
Para evitar que aconteça de novo, a dica é melhorar o preparo físico e cardiovascular com o auxílio de um médico cardiologista, uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares – nem que seja pelo bem da vida sexual. (Metrópoles)