O dono de uma loja que vende colchões em Paripe, Jaime Oliveira, precisou improvisar uma barreira para evitar a passagem da água, mas não conseguiu.
“É o escoamento de água que não temos. Então, quando o ônibus passa faz uma onda muito grande, que entra na loja”, contou Jaime Oliveira.
A Defesa Civil de Salvador também registrou alagamentos nos bairros de Fazenda Coutos, Valéria e Águas Claras.
“Quando chove a gente não dorme. Cada chuva que dá vai descendo um pouco mais [a encosta]. Começou no ano passado e até hoje está nessa situação”, disse o montador de móveis Alisson Ferreira, que mora perto de uma encosta na região de Águas Claras.
A chuva também invadiu o Mercado de Itapuã e uma fábrica de picolés na Rua Álvaro Baqueiro, também em Itapuã.
“Os meus três freezers queimaram, câmara fria, máquina de fazer picolé, além do material de produzir. Um prejuízo em torno de R$ 30 mil”, disse o dono da fábrica.
A Codesal registrou 266 ocorrências na cidade, nesta sexta, por causa da chuva. Até por volta das 20h45, o órgão tinha contabilizado 53 deslizamentos, 19 deles na região do subúrbio ferroviário, 11 em Valéria, nove no Cabula, oito em Cajazeiras, três em Itapuã, dois na Liberdade e um na Pituba. Não há registro de feridos.
Segundo a Codesal, também foi registrada uma queda de árvore no bairro do Cabula, além de 92 alagamentos de imóvel, 36 ameaças de desabamento, 20 ameaças de deslizamento, seis árvores ameaçando cair, oito infiltrações, 25 avaliações de imóveis alagados e seis orientações técnicas.
A Codesal permanece com o plantão 24 horas, atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199.
Segundo o meteorologista Heráclito Alves, a previsão é de chuva na cidade até o próxima segunda-feira (6), por causa de um canal de umidade que vem da região norte. As temperaturas devem variar entre entre mínimas de 28º C e máximas de 32ºC. (G1/Ba)