Kleber Lucas coloca cargo de pastor à disposição após o divórcio e confissão de traição

Cantor gospel Kléber Lucas e Danielle Favatto estavam juntos há quase 8 anos. / Foto: Portal do Trono

O divórcio de Kleber Lucas e Danielle Favatto causou enorme repercussão nas redes sociais e também na Igreja Batista Soul, que precisou formar um conselho emergencial. Em comunicado nas redes sociais, o cantor e pastor admitiu uma traição no passado e colocou o cargo à disposição.

Kleber Lucas publicou um extenso comunicado em sua conta no Instagram, dividido em três partes, abrindo os detalhes que o levaram a tomar a decisão de se separar pela terceira vez.

No texto, o cantor e pastor diz que teve um caso extraconjugal há três anos com uma fã e que isso levou a “uma dura repreensão pelo pastor da igreja da outra parte envolvida”, assim como do líder de casais da congregação que ele dirige e de um amigo de confiança.

“Na ocasião, fui orientado a confessar o ocorrido a minha esposa. Consequentemente, assinamos uma ata de confissão e fizemos um pacto de silêncio sobre o assunto; ao confessar tal atitude para minha esposa, sabia que corria o risco de ser difamado e terminar nossa relação, o que seria absolutamente compreensível. Ao contrário do que imaginei, ela decidiu me perdoar”, contou o pastor.

“No que tange a minha liderança, deixo a disposição do conselho emergencial da Igreja Batista Soul a decisão de seguir ou não me tendo como pastor, por entender que a Igreja Local é maior que o pastor”, acrescentou Kleber Lucas.

Confira a íntegra do comunicado divulgado nas redes sociais:

Carta aos familiares, à Soul, aos amigos e admiradores. É a vocês que me dirijo.

Sei que a notícia da minha separação surpreendeu grande parte do movimento social religioso, abalou muitos que nos seguem pelas redes sociais e que deixou admiradores e amigos aguardando um pronunciamento da minha parte antes mesmo de fazerem qualquer julgamento. Essa notícia chega juntamente com a notícia da mudança de endereço da Soul, agora localizada na Av. das Américas 20.007.

Sobre os fatos, gostaria de pontuar o seguinte:

1- Sim, é verdade que me separei do meu 3° casamento e a decisão foi minha.

2- Sim, é verdade que há 3 (três) anos atrás tive um envolvimento físico, não sexual, com uma fã após um evento. Algumas das consequências desse ato foram: – Uma dura repreensão pelo pastor da igreja da outra parte envolvida, com o testemunho de líderes da referida igreja, bem como do líder de casais da nossa comunidade Soul e de um amigo da minha confiança; – Na ocasião, fui orientado a confessar o ocorrido a minha esposa. Consequentemente, assinamos uma ata de confissão e fizemos um pacto de silêncio sobre o assunto; e
– Ao confessar tal atitude para minha esposa, sabia que corria o risco de ser difamado e terminar nossa relação, o que seria absolutamente compreensível. Ao contrário do que imaginei, ela decidiu me perdoar e me pediu que eu não falasse sobre o assunto com mais ninguém.

3- Os motivos que me levaram a separação são de foro íntimo. Contudo, esclareço que não foi por uma paixão repentina, nem por uma briga comum de casal, mas sim devido a um excessivo desgaste da relação, apesar das inúmeras tentativas de ajusta-la, após o episódio já relatado.

4- Importante destacar que pela minha ex-companheira manteríamos nossa relação, mesmo que aparente, em razão dos danos que poderiam ser causados na comunidade Soul e na vida de tantas pessoas que nos acompanham pela mídia. Porém, eu não consegui sustentar tal circunstância.

5- Em relação as fotos das minhas redes sociais, definitivamente não estou apagando a memória da minha história, da mesma forma como não consegui suprimir a memória dos dois outros casamentos que tive, em especial com a Mabeni, mãe dos meus dois filhos Rapha e Mi por quem nutro profundo respeito e cuidado por ser aquela que me deu minha maior riqueza e sentido para viver.

6- Sobre apagar as fotos da mídia da Soul, a decisão não foi minha mas do conselho emergencial da igreja, composto por pessoas que decidiram cuidar da comunidade entendendo que a Igreja Batista Soul é soberana em seus atos. Aliás, o patrimônio da igreja Soul não é meu, nem herança dos meus filhos e legalmente não me pertence.

7 – Ainda acerca da Soul, é oportuno afirmar que ninguém foi excluído da comunidade e que não houve uma escolha da comunidade por mim e a rejeição por minha ex-esposa, senão um desligamento voluntário dela e de algumas pessoas pelas razões que não cabe a mim responder. A decisão de seguir na caminhada Soul é voluntária e cabe a cada um fazer a escolha de permanecer ou não.

8 – No que tange a minha liderança, deixo a disposição do conselho emergencial da Igreja Batista Soul a decisão de seguir ou não me tendo como pastor, por entender que a Igreja Local é maior que o pastor. A propósito, em linha com minha postura de transparência, uma comissão está sendo criada pelo conselho para checar toda movimentação feita por mim, diga-se de passagem, por necessidade, pois tenho gerido a igreja, desde a saída da nossa administradora, encargo este, que tem me desgatado profundamente, tendo em vista não ser meu dom.

9- Aos familiares (meus e de minha ex-esposa) peço perdão por uma decisão tomada por mim e que sei que os decepciona tanto. Sei que vocês não são obrigados a me perdoar, mas compete a mim reconhecer meus erros e pedir perdão.

10- À Igreja Batista Soul peço perdão e me disponho a dar qualquer satisfação àqueles que são membros da nossa comunidade. Deixo também aos membros da Soul a decisão de seguir me tendo como pastor ou não, em assembléia extraordinária que será comunicada aos membros que ficaram, pelo Conselho emergencial.

11 – Aos amigos e admiradores minhas sinceras desculpas pelos fatos ocorridos.

Por fim, termino dizendo que minha caminhada seguirá sendo pastor daqueles que me reconhecem como pastor, sendo cantor daqueles que me reconhecem como cantor e sendo um homem que tem sonhos, desejos e que não desistiu da vida, nem de Deus e nem da Igreja.

Kleber Lucas, Pastor e Cantor

Por Tiago Chagas / Gospel +

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