Lacen identifica 23 linhagens diferentes do novo coronavírus e aumento da circulação da P1 em todas as regiões da Bahia

Foto: Sesab

O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA) identificou um aumento da prevalência de circulação da variante do novo coronavírus em todas as regiões da Bahia. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (25) pela Secretaria de Saúde do estado (Sesab).

Segundo informações da Sesab, o sequenciamento de 305 genomas do vírus da Covid-19, feito até o último dia 19 de junho, revelou que 23 linhagens diferentes do SARS-CoV-2 circulam de forma concomitante no estado da Bahia, com predominância de circulação da P1 em 85% das amostras.

A P1 é caracterizada como uma cepa mais agressiva do ponto de vista da transmissibilidade e possibilidade de agravamento mais rápido da infecção.

Durante nove meses, a equipe do Lacen-BA realizou o sequenciamento de genomas completos do SARS-CoV-2, provenientes de pacientes com sintomas de infecção por COVID-19, dos 9 Núcleos Regionais de Saúde da Bahia: sul, leste, norte, sudoeste, oeste, nordeste, centro-norte, centro-leste e extremo sul, com amostras de residentes em 121 municípios.

“Os dados sugerem que a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do vírus da Covid-19 e das novas variantes, portanto, distanciamento social e medidas de restrições continuam essenciais para tentarmos minimizar a circulação deste patógeno no Estado e no País” disse o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

De acordo com a Sesab, mais esforços de sequenciamento são necessários para geração de novos dados genômicos que permitirão obter mais informações sobre a dispersão do vírus na Bahia.

“Enquanto a remessa de vacinas não atinge o ritmo necessário para interromper o ciclo de infecções e reinfecções, medidas como distanciamento social, uso de máscara e higiene frequente das mãos ainda são as melhores formas de frear o contágio e a dispersão do vírus, evitando assim que ele se multiplique e se modifique a cada transmissão, evitando o surgimento de novas cepas”, informou o secretário.

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